Virginia Fonseca, o marido Zé Felipe e sua marca de cosméticos Maria’s Baby viraram réus em uma ação judicial de “dissolução parcial de sociedade”. Além deles, o empresário Willian Silva Passarinho está sendo processado.
Segundo os autos do processo aberto pela VS LAB Comércio, a empresa pede que a Justiça reconheça que existiu uma sociedade entre as partes e proceda à sua dissolução. A autora também solicita a condenação dos mencionados acima por danos materiais.
De acordo com as informações, tudo teria começado quando, em junho de 2022, as partes do processo conversaram e combinaram de constituir uma sociedade que levaria os nomes das filhas de Virginia e de Zé Felipe com o objetivo de vender produtos de higiene para o público infantil.
A empresa alegou ter cumprido com todos os seus deveres dentro do esperado na parceria que estava se formando: desenvolveu os protótipos dos produtos, os levou até Virginia, criou o nome da marca e a apresentou para os demais sócios. O que havia sido acordado no início foi que a influenciadora, Zé Felipe e Willian fariam os investimentos de capital, enquanto ela entraria com o trabalho.
Segundo as alegações da parte autora, as coisas começaram a desandar quando Willian, empresário, pleiteou que a VS LAB cedesse gratuitamente 20% de suas ações para Jussara Fagionato, que seria sua própria esposa.
Tal fato não teria sido levado ao conhecimento do casal de celebridades, mas, ainda assim, Jussara tornou-se acionista, já tendo o interesse em uma futura divisão de lucros da empresa que recebeu o nome de Maria’s Baby.
Toda a operação, assim como os equipamentos do centro logístico, teria vindo dos investimentos da VS LAB, chegando a custar aproximadamente R$ 200 mil.
No dia 29 de julho de 2022, a sociedade foi formalmente constituída. A materialização da marca ficaria sob o encargo de Viviane Salvetti, administradora da VS. Como Virginia estava grávida de Maria Flor à época, o lançamento dos produtos foi feito com extrema correria, visto que a influenciadora queria que a estreia acontecesse no dia do nascimento de sua filha, como uma grande estratégia de marketing.
Ainda de acordo com os autos, foi providenciada uma sede física para a empresa. O local foi reformado, recebendo um luxuoso projeto arquitetônico. Diversos foram os produtos desenvolvidos, envolvendo fragrâncias, espumas de banho, hidratantes corporais e até mesmo pelúcias que seriam vendidas em alusão às filhas do casal.
A empresa foi lançada em 23 de outubro de 2022, um dia depois do nascimento de Maria Flor. O sucesso de vendas foi absoluto.
Ocorre que, no dia 10, o sócio Willian e sua esposa Jussara tinham entrado em contato com os demais acionistas da empresa e afirmado que a VS LAB possuía muitos processos, fato esse que ela diz ser mentira.
Disseram, ainda, que caso a mídia descobrisse aquele suposto cenário de processos os danos à imagem das celebridades seriam enormes. Diante disso, o empresário firmou a decisão de que a VS LAB deveria sair do contrato social da empresa em que ela mesma havia investido e sido a responsável por materializá-la.
A VS LAB afirmou, nos autos, que só estava envolvida em dois processos, sendo que era autora em ambos. Apesar disso, mesmo sem concordar, a companhia aceitou sua retirada do contrato social. O que foi acordado, no entanto, é que a retirada seria apenas fictícia, ou seja, a empresa continuaria sendo sócia, preservando todos os seus direitos e obrigações.
Os problemas teriam se intensificado quando Willian começou a “surtar” com Viviane, enviando-lhe áudios totalmente descontrolados e aos berros, mandando-a assinar logo o documento de saída da sociedade. Viviane, contudo, não iria assinar o instrumento sem que um contrato de gaveta estivesse pronto. Esse contrato nada mais é do que um documento que atestaria que nada iria mudar entre as partes.
Após muita pressão e abusos psicológicos por parte do sócio, a VS LAB disse ter se retirada do contrato social. O documento que comprovaria que a sociedade continuava a existir só foi assinado mais tarde. Como você, caro leitor, imagina a essa altura, é evidente que tudo mudou depois da saída do contrato. Isso porque Willian restou como o único administrador da empresa e contratou outra pessoa para fazer a gestão e administração. Ele determinou, ainda, que Viviane e a VS LAB se afastassem das funções da empresa. Foi dito até mesmo para os funcionários que a VS LAB não deveria receber informações ou ser atendida, fazendo com que eles mesmos a desrespeitassem.
Nos autos, a empresa contou também que após tudo isso um protetor solar chegou a ser comercializado sem a autorização da ANVISA, e Willian, Virginia e Zé Felipe teriam feito de tudo para responsabilizar a VS LAB pelo fato. Farta de tudo, a VS LAB comunicou sua intenção de vender as cotas que tinha na empresa.
Foi então que, diante da fala da empresa de que iria vender sua parte, Willian afirmou que ela jamais receberia o valor pedido porque a Maria’s Baby não valia de nada sem Virginia. Ele teria dito, ainda, que a influenciadora pararia de fazer publicidade dos produtos e que isso provocaria uma queda do valor de mercado da empresa, e foi isso que eles fizeram.
Por meio de um estudo de mercado, chegou-se à conclusão de que a marca vale aproximadamente R$ 70 milhões. Desse montante, R$ 14 milhões seriam da VS LAB e esse foi o valor oferecido aos demais sócios para a venda. Depois, foram oferecidos R$ 6 milhões, montante que também não foi aceito.
No meio de todo o caos, uma reunião foi requerida com Willian, Zé Felipe e Virginia, mas apenas a influenciadora compareceu. No encontro, as partes teriam acordado uma composição amigável, comprometendo-se a realizar um trabalho conjunto para encerrar a empresa. Dessa maneira, Virginia voltaria a fazer os anúncios, a fim de liquidar o estoque e reduzir as despesas. Como era de se esperar, nada aconteceu como o combinado naquele dia. Surgiram problemáticas com o centro logístico e fora oferecido um valor de R$ 400 mil para a saída da VS LAB.
Diante de todo esse cenário, a VS LAB ajuizou uma ação pedindo que a Justiça reconheça que a sociedade existiu e proceda à sua dissolução. Ela pede uma condenação dos envolvidos por danos materiais de R$ 33.900.
Em despacho recente desta semana, o juízo negou o pedido da empresa de que o feito tramite em segredo de justiça. As partes ainda não foram formalmente citadas. Caso, no futuro, o (a) magistrado (a) entenda que a sociedade exista e promova sua dissolução, Virginia e Zé Felipe – além de Willian – terão que promover a divisão dos valores da sociedade e entregar a autora o que é seu por direito.
Tal fato pode representar um baque significativo na farta realidade financeira de um casal milionário, dado o fato de que a Maria’s Baby possui um elevado valor de mercado, ainda que tenha enfrentado tantos problemas.
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