A ciência trouxe boas notícias para quem está em busca do emagrecimento. Pesquisadores da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos, descobriram que exercícios físicos vigorosos são capazes de reduzir os níveis de grelina no corpo, a substância é conhecida como hormônio da fome.
“Descobrimos que os indivíduos sentiam ‘menos fome’ após exercícios de alta intensidade em comparação com exercícios de intensidade moderada”, disse a principal autora do estudo, Kara Anderson, da Universidade de Virginia.
O estudo examinou oito homens e seis mulheres. Os participantes jejuaram durante a noite e, então, foram submetidos a exercícios de vários níveis de intensidade. Em seguida, realizaram exames para avaliar os níveis de grelina produzidos pelo estômago e responderam a questionários sobre suas percepções de fome.
As participantes do sexo feminino começavam os exercícios com maiores quantidades de grelina no corpo e, após a realização de treinos intensos, tiveram o hormônio “significativamente reduzido”. Os voluntários do sexo masculino não apresentaram alterações tão perceptíveis.
Tanto os homens como as mulheres que realizaram a exercícios moderados não apresentaram variações em seus indicadores de grelina.
Limiar de lactato
A classificação sobre se o exercício era moderado ou vigoroso foi feita de acordo com o limiar de lactato dos participantes. O limiar de lactato consiste no momento em que o ácido láctico começa a acumular no sangue. Por exemplo, na corrida, esse nível é alcançado apertando a potência ou o tempo de treinamento. Quando o corredor ultrapassa o limiar de lactato, a fadiga começa a aumentar e não para.
O limiar de lactato é individual, mas pode ser atingido com atividades aeróbicas que exigem um bom preparo físico, como corrida, natação, spinning e treino HIIT.
“O exercício deve ser considerado uma ‘droga’, onde a ‘dose’ deve ser personalizada com base nos objetivos pessoais de um indivíduo. Nossa pesquisa sugere que exercícios de alta intensidade podem ser importantes para a supressão do apetite, o que pode ser particularmente útil como parte de um programa de perda de peso”, afirmou Kara Anderson, no material de divulgação do estudo.
A pesquisa foi publicada no Journal of the Endocrine Society, na quinta-feira (27/10). Um limite importante do trabalho é que ele foi realizado com um grupo pequenos de pessoas.