O ex-presidente americano Donald Trump foi condenado, nesta terça-feira, por abuso sexual e difamação no caso movido pela escritora Elizabeth Jean Carroll. A autora de 79 anos processou o republicano no ano passado, alegando que ele a estuprou em uma loja de departamento de Nova York em meados da década de 1990.
Contudo, apesar do veredicto unânime do júri, trata-se de um processo civil, não criminal, o que significa que o magnata poderá — ao menos depois desta condenação em específico, entre outros processos nos quais é réu — manter a candidatura à vaga republicana na disputa pela Casa Branca em 2024.
No processo desta terça-feira, o júri responsabilizou Trump por difamar a escritora após ela tornar o caso público e considerou que Elizabeth provou, durante o julgamento, que o republicano a abusou sexualmente. No entanto, rejeitou a acusação de que ela havia sido estuprada — o abuso sexual é definido em Nova York como submeter alguém a contato sexual sem seu consentimento.
O ex-presidente terá que pagar US$ 5 milhões (R$ 24,9 milhões) em danos à escritora.
Apesar da conclusão do caso movido por Carroll, Trump ainda enfrenta uma série de outros problemas com a Justiça que envolve desde questões fiscais a civis, e várias com prazos de procedimentos previstos para este ano.
As outras investigações em andamento incluem as movimentações financeiras do ex-presidente, bem como questões eleitorais, a invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021 e a posse de documentos confidenciais do Estado americano.