Sábado, 30 de novembro de 2024 - Email: [email protected]




Três estados e DF ampliam público-alvo da vacinação contra a dengue

Baixa procura e orientação do Ministério da Saúde levaram à mudança



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Vacina Qdenga, do laboratório japonês Takeda, contra dengue
Guilherme Gama/ CNN

O Distrito Federal e os estados do Acre, Goiás e Mato Grosso do Sul ampliaram seu público-alvo de vacinação contra a dengue para os 14 anos. No início da campanha nesses estados, apenas crianças de 10 e 11 anos recebiam as doses, que são limitadas.

Contudo, o Ministério da Saúde emitiu uma nota técnica nesta quarta-feira (6) orientando a mudança por considerar que a maior proporção de hospitalização por dengue nos últimos anos ocorreu na faixa etária dos 10 aos 14 anos.

Além disso, a procura pela QDenga (vacina contra a doença incorporada ao SUS) nesses estados é baixa até o momento. O governo do DF, por exemplo, recebeu 71.702 doses no dia 8 de fevereiro. Até o último sábado (2), somente 25.310 foram aplicadas. As doses têm data de validade prevista para 30 de abril.

O governo federal enviou a Goiás 158.505 doses para serem distribuídas para 134 municípios selecionados previamente pelo Ministério da Saúde. No entanto, até o último dia 29, apenas 20.753 crianças haviam sido imunizadas, o equivalente a 13% da população-alvo.

Enquanto isso, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Mato Grosso do Sul realizou na semana passada uma reunião com representantes do programa Nacional de Imunizações (PNI), momento em que ambos os órgãos concordaram em ampliar a vacinação no estado.

Coordenadora do PNI no estado do Acre, Renata Quiles afirmou que o governo estadual considera sinalizar ao Ministério da Saúde a necessidade de ampliar a vacinação para idades acima dos 14 anos. O Acre foi o primeiro estado do Norte a começar a campanha de vacinação contra a dengue. Com a ampliação anunciada, a expectativa do governo estadual é vacinar 17.810 jovens nos 11 municípios selecionados pelo Governo Federal.

Os demais estados não são obrigados a seguir essas recentes orientações do Ministério da Saúde, por serem classificadas como recomendações e que, segundo o órgão, serão atualizadas conforme ocorram mudanças no cenário epidemiológico.

Sob supervisão de André Rigue



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