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Terra ganhará uma “segunda lua” neste mês; entenda

Asteroide 2024 PT5 passará a orbitar nosso planeta temporariamente



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Superlua azul vista na região da zona sudeste da cidade de São Paulo em meados de agosto de 2024 • ETTORE CHIEREGUINI/AGIF – AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF – AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Nosso planeta ganhará uma “segunda lua” neste mês: o pequeno asteroide 2024 PT5 vai orbitar a Terra por algumas semanas, como se fosse um satélite.

O estudo que identificou esse fenômeno foi publicado no periódico The Research Notes of the AAS neste mês.

O 2024 PT5 faz parte do cinturão de asteroides Arjuna e deve se aproximar de nosso planeta por conta de perturbações gravitacionais causadas pelo Sol. Quando estes objetos celestes chegam próximos à Terra — cerca de 4,5 milhões de km — em uma velocidade baixa — de cerca de 3.500 km/h –, eles podem ser capturados pela órbita terrestre e agir como uma lua temporária.

Ao contrário de nossa Lua propriamente dita, que acompanha o planeta há cerca de 4 bilhões de anos, o 2024 PT5 deve permanecer em nossa órbita por cerca de dois meses antes de retornar para o cinturão de Arjuna, sem conseguir alcançar uma volta completa.

Esses episódios, também chamados de mini-luas, acontecem com uma certa frequência, e geralmente duram um período curto de tempo, menos de uma órbita completa, assim como o asteroide 2024 PT5. Embora também possam ocorrer episódios longos, nos quais as mini-luas acompanham a Terra por mais de um ano.

Será possível observar a “segunda lua”?

Durante sua passagem pela órbita terrestre, o asteroide 2024 PT5 não deve ser visível para a maior parte dos observadores do céu noturno.

Um dos autores do estudo e professor da Universidade Complutense de Madrid, Carlos de la Fuente Marcos, explicou em entrevista ao Space.com que o asteroide é pequeno demais para ser observado por amadores.

“O objeto é muito pequeno e escuro para telescópios e binóculos amadores. No entanto, o objeto está bem dentro da faixa de brilho de telescópios tipicamente usados ​​por astrônomos profissionais”, disse ele.

“Um telescópio com um diâmetro de pelo menos 30 polegadas mais um detector CCD ou CMOS são necessários para observar este objeto, um telescópio de 30 polegadas e um olho humano atrás dele não serão suficientes”, acrescentou.

 



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