De acordo com a análise da TF Agroeconômica, apesar da redução das posições vendidas dos fundos, o mercado de soja caiu acentuadamente na sexta-feira. Este comportamento indica uma tendência de continuação de baixa, mesmo com as cotações próximas à média histórica. Não há fatores significativos que apontem para uma alta iminente; ao contrário, todos os sinais sugerem uma pressão sobre os preços. Nesses casos, com o mercado andando de lado ou em queda, a recomendação é vender o estoque físico restante e investir o dinheiro, o que provavelmente renderá mais do que mantê-lo armazenado.
As boas exportações brasileiras, que estão 2% acima do mesmo período do ano passado, devem continuar estimulando a disputa entre indústrias esmagadoras e exportadores no segundo semestre. O desempenho positivo do óleo de soja, mesmo com o fraco desempenho do farelo, ajudou a melhorar os percentuais de alta da soja em grão.
Por outro lado, o bom estado das lavouras nos Estados Unidos incentivou o aumento das posições vendidas dos fundos. Caso ocorram as chuvas esperadas, estas fornecerão a umidade necessária para as lavouras suportarem as altas temperaturas previstas para agosto, um mês crucial para a produtividade da soja. As exportações sul-americanas para a China, especialmente do Brasil, foram novamente impulsionadas pela desvalorização do real frente ao dólar, o que também estimula maiores vendas por parte dos produtores. Além disso, a diminuição no preço do petróleo contribuiu para a tendência de baixa da soja devido ao seu impacto no óleo de soja e na demanda por biodiesel.
Portanto, enquanto as exportações continuam fortes, outros fatores, como o bom estado das lavouras americanas, a desvalorização do real e a queda no preço do petróleo, indicam uma pressão contínua sobre os preços da soja. Em um cenário de baixa ou mercado estável, a estratégia recomendada é vender o estoque físico e buscar melhores rendimentos através de investimentos financeiros.
