Em 2023, 73,9 milhões de domicílios particulares do país tinham televisão, um total de 94,3% dos 78,3 milhões de lares brasileiros. O resultado configura uma queda em relação a 2022, quando 94,9% dos domicílios tinham o aparelho. Os dados são da pesquisa “Pnad Contínua: Acesso à internet e à televisão e posse de celular para uso pessoal”, divulgada nesta sexta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em 2016, a proporção de residências com TV era ainda maior. Naquele ano, havia televisão em 97,2% dos domicílios do Brasil.
Segundo o levantamento, os maiores resultados de 2023 ficaram com as regiões Sudeste (96,5%) e Sul (96%). Por outro lado, o Norte apresentou a menor proporção, com 88,8%.
Ao todo, 95,1% dos lares localizados em áreas urbanas tinham televisão no ano passado. Já nas áreas rurais, a proporção era de 88,5%.
Número de casas com TV de tela fina tem alta
De 2022 para 2023, houve aumento no número de lares com televisão de tela fina (de 64,9 milhões para 68,5 milhões) e retração no de domicílios com televisão de tubo (de 8,7 milhões para 6,8 milhões). O IBGE avalia que essa tendência tem se manifestado desde 2016, início da série histórica da pesquisa.
O percentual de casas com somente televisão de tela fina subiu de 87,9% em 2022 para 90,8% em 2023, enquanto o das residências só com televisão de tubo caiu de 9,2% para 7,2%.
Casas com ambos os tipos de televisão tiveram redução de 2,9% para 2%.
Renda média
O rendimento médio mensal real domiciliar per capita nos domicílios em que havia o aparelho foi de R$ 1.905, valor 71,2% superior ao rendimento dos domicílios que não tinham televisão em 2023 (R$ 1.113). No ano de 2022, essa diferença foi de 64,1%.
O nível do rendimento médio mensal real domiciliar per capita nos domicílios em que havia televisão de tela fina foi mais elevado que o rendimento naqueles que tinham televisão de tubo.
No país, esse rendimento nos domicílios com televisão de tubo (R$ 980) representou 49,4% do rendimento nas casas que tinham televisão de tela fina (R$ 1.983).
Sinal de TV aberta
A pesquisa estima que, em 2023, o Brasil tinha 65 milhões de domicílios com recepção de sinal analógico ou digital de TV aberta por meio de antena convencional, o que representa 88% dos domicílios com televisão do país, uma queda em comparação a 2022: 65,5 milhões de domicílios (91,6%).
Na área urbana, esse percentual foi maior do que na área rural (88,9% contra 80,9%). A região Sudeste apresentou o maior percentual, com 88,9% dos lares apresentando esse tipo de recepção de sinal, enquanto o Centro-Oeste registrou o menor percentual (86,8%).
TV por assinatura
Em 2023, 18,6 milhões ou 25,2% dos domicílios com televisão no país tinham acesso a serviço de televisão por assinatura, proporção que foi de 26,2% em área urbana e de 17,4% em área rural.
Entre 2022 e 2023, o percentual de domicílios com televisão por assinatura apresentou redução de 2,5 pontos percentuais no Brasil, bem como queda de 2,6 pontos percentuais nas áreas urbanas e de 2,4 pontos percentuais nas rurais.
Antena parabólica
O IBGE ressaltou que, em 2022, os quesitos sobre antena parabólica foram reformulados devido à instituição de política pública de substituição gradual da transmissão de sinal de TV aberta por meio de antenas parabólicas grandes, que podem causar interferência sobre o serviço móvel de quinta geração (5G), por mini parabólicas, que não causam interferência.
Nos domicílios com televisão, o percentual dos que tinham antena parabólica (grande ou mini com sinal aberto) foi de 52,3% em área rural, 17,5% em área urbana e 21,4% para o país, sendo que os três indicadores apresentaram queda em comparação com 2022. O Sudeste (14,4%) continuou apresentando o menor percentual, e as regiões Nordeste (34,2%) e Norte (28,8%), os maiores.