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Taxa de desemprego recua ao menor nível em 13 anos

Índice chegou a 6,1% no trimestre encerrado em novembro, patamar mais baixo desde o início da série histórica, em 2012



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Desocupação atinge 6,8 milhões, o que representa 6,1% da população que pode trabalhar

A taxa de desemprego no Brasil recuou e chegou a 6,1% no trimestre encerrado em novembro, menor patamar dos últimos 13 anos, quando se iniciou a série histórica, em 2012. Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta sexta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A pesquisa mostra que 6,8 milhões de brasileiros estão desocupados e, portanto, fora do mercado de trabalho. Trata-se do menor número desde dezembro de 2014.

Segundo o estudo, a população sem ocupação recuou nas duas comparações: queda de 7% (menos 510 mil pessoas) no trimestre e diminuição de 17,5% (menos 1,4 milhão de pessoas) no ano.

Recorde de pessoas empregadas

A população ocupada chegou a 103,9 milhões, novo recorde da série histórica, crescendo em ambas as comparações: 1,4% (mais 1,4 milhão de pessoas) no trimestre e 3,4% (mais 3,4 milhões de pessoas) no ano.

O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) subiu para 58,8%, recorde da série histórica, crescendo nas duas comparações: 0,7 ponto percentual no trimestre (58,1%) e 1,4 ponto percentual (57,4%) no ano.

O número de empregados no setor privado (53,5 milhões) foi recorde, com 661 mil pessoas a mais no trimestre (alta de 1,3%) e de mais 2,4 milhões no ano (aumento de 4,6%).

A massa de empregados com carteira assinada no setor privado também foi recorde: 39,1 milhões. Houve alta de 1,3% (mais 496 mil pessoas) no trimestre e de 3,7% (mais 1,4 milhão de pessoas) no ano.

O volume de empregados sem carteira no setor privado (14,4 milhões) ficou estável no trimestre e cresceu 7,1% (mais 959 mil pessoas) no ano.

O número de empregados no setor público (12,8 milhões) foi recorde, ficando estável no trimestre e subindo 5,6% (685 mil pessoas) no ano.

Salário médio do brasileiro

Os brasileiros empregados recebem, em média, R$ 3.285. O valor ficou estável no trimestre e cresceu 3,4% no ano. Já a massa de rendimento real habitual (R$ 332,7 bilhões) foi recorde, crescendo 2,1% (mais R$ 7,1 bilhões) no trimestre e 7,2% (mais R$ 22,5 bilhões) no ano.

Funcionários do transporte, armazenagem e correio (4,7%, ou mais R$ 141) tiveram reajuste em relação ao trimestre anterior. Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.

População desalentada

A população desalentada, que desistiu de procurar trabalho, foi de 3 milhões, a menor desde o trimestre encerrado em abril de 2016 (2,9 milhões), ficando estável no trimestre e recuando 10,3% (menos 349 mil pessoas) no ano.

O percentual de desalentados (2,7%) ficou estável no trimestre e recuou 0,3 ponto percentual no ano.

Essa categoria é classificada como todos aqueles com mais de 14 anos que estavam fora do mercado de trabalho e não haviam realizado busca efetiva por uma colocação.

Força de trabalho recorde

A força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), no trimestre de setembro a novembro, chegou a 110,7 milhões de pessoas, novo recorde da série histórica, crescendo nas duas comparações: 0,8% (mais 876 mil pessoas) frente ao trimestre de junho a agosto de 2024 e 1,8% (mais 2 milhões de pessoas) em relação ao mesmo trimestre móvel de 2023.

O IBGE classifica como força de trabalho o conjunto de pessoas ocupadas ou desocupadas em idade para trabalhar (14 anos ou mais).

Já a taxa de pessoas fora da força de trabalho (66 milhões) recuou 0,8% (-510 mil pessoas) no trimestre e 0,8% (menos 504 mil pessoas) no ano.

Sem emprego formal

A taxa de informalidade foi de 38,7% da população ocupada (ou 40,3 milhões de trabalhadores informais) contra 38,8 % (ou 39,8 milhões) no trimestre encerrado em agosto e 39,2% (ou 39,4 milhões) no mesmo trimestre de 2023.

População subutilizada

A população subutilizada (17,8 milhões) foi a menor desde o trimestre móvel encerrado em maio de 2015 (17,7 milhões), recuando nas duas comparações: -3,9% (menos 725 mil) no trimestre e -11% (menos 2,2 milhões) no ano.

Conforme o IBGE, essa classificação se refere às pessoas que trabalham menos de 40 horas semanais, mas gostariam de trabalhar mais. Para ser considerada subutilizada, a pessoa deve ter 14 anos ou mais e trabalhar habitualmente menos de 40 horas, seja em um único emprego ou somando todos os empregos.

Crescimento por grupos de atividade

Segundo o levantamento, a análise da ocupação por grupamentos de atividade mostrou aumento em quatro grupamentos em comparação com o trimestre de maio a julho:

  • indústria geral (2,4%, ou mais 309 mil pessoas)
  • construção (3,6%, ou mais 269 mil pessoas)
  • administração pública defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços
  • sociais (1,2%, ou mais 215 mil pessoas)
  • serviços domésticos (3%, ou mais 174 mil pessoas)

Houve redução da ocupação no grupamento agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-2%, ou menos 164 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.

 

 



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