“O presidente Lula se mostrou muito sensível à situação e o ministro Haddad também entendeu o lado do setor produtivo. Vamos manter o diálogo, para encontrar os caminhos necessários para o equilíbrio fiscal, desejado por todos, mas também que o setor produtivo não seja mais onerado do que já é”, disse Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Ele chegou a abandonar a comitiva brasileira em viagem oficial à China, na semana passada, como forma de pressionar o governo a recuar da aprovação da MP 1.227.
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que desde o envio da MP ao Congresso há uma semana uniu forças com a CNI e demais representações setoriais, também elogiou a impugnação anunciada por Pacheco.
“A iniciativa é uma resposta favorável aos setores produtivos, que criticaram a MP por seu impacto negativo para a indústria e demais segmentos, e atuaram para reverter a situação”, informou a instituição por meio de nota.
Segundo o texto, a Fiesp “seguirá acompanhando ativamente” o tema para “garantir que os investimentos produtivos, a geração de empregos e a neoindustrialização do país sejam estimulados e não prejudicados”.
O presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), João Martins, que acompanhou Alban em reunião no fim da tarde desta terça-feira (11/6) com Pacheco, também demonstrou alívio com a decisão do presidente do Senado. “Era uma MP que tinha muitos impactos negativos nos setores produtivos. O bom senso fez com que fosse devolvida a MP. Esperamos que qualquer que seja a medida tomada pelo governo seja feita por meio do diálogo, para que seja o menos impactante possível para a economia, principalmente para aquele que produz”, afirmou Martins.