O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) convocou uma greve geral da categoria por um período de 48 horas, entre os dias 31 de julho e 1 de agosto. A decisão foi tomada na segunda-feira (22), após a entidade rejeitar a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo federal.
“Servidores de todas as 11 agências reguladoras deverão interromper a prestação de serviços importantes para o funcionamento da economia, como o controle e fiscalização em portos, aeroportos, o abastecimento de energia elétrica e água, bem como demais serviços regulados e fiscalizados pelas agências reguladoras”, disse a Sinagências.
Esta foi a quarta reunião da mesa de regulação. Nela, o governo propôs um aumento de 21,4% para os cargos da carreira e até 13,4% para o Plano Especial de Cargos (PEC), divididos em duas parcelas: janeiro de 2025 e abril de 2026. Tal percentual, segundo o sindicato, não “cobre as perdas inflacionárias registradas nos últimos anos”.
Além da paralisação geral, os profissionais definiram também uma ação coordenada entre as autarquias, visando à intensificação dos Procedimentos de Limpeza e Desinfecção de Aeronaves (PLD) em aeroportos de todos os estados da federação, entre os dias 23 e 25 de julho. A atividade pode gerar impactos em toda a malha aérea do país.
“Com todos os atos, esperamos chamar a atenção da sociedade para a necessidade de valorização da Regulação no país, além de pressionar o governo a equiparar as carreiras das agências com as do Ciclo de Gestão”, disse a Sinagências. “Com as medidas anunciadas, esperamos que o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos apresente uma nova proposta que contemple as pautas apresentadas”, acrescentou.