Sábado, 07 de setembro de 2024 - Email: [email protected]




Sem acordos sobre desoneração e dívida dos estados, Congresso entra em ritmo de recesso

Na Câmara, projeto que regulamenta a criação do Comitê Gestor da reforma tributária ficará para agosto



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Congresso entra em ritmo de recesso

O Congresso Nacional inicia a semana em ritmo de recesso parlamentar adiantado devido à falta de consenso sobre pautas que, antes, estavam no radar para serem votadas ainda este mês. A intenção do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), era encerrar o semestre votando as propostas sobre a desoneração da folha de pagamento e a dívida dos estados, mas os projetos continuam na fase de negociação. Na Câmara, o planejamento de concluir a análise da regulamentação da reforma tributária fica pela metade, já que o projeto que cria o Comitê Gestor deve ficar para agosto.

A desoneração é o tema com maior urgência por uma solução. Isso porque o STF (Supremo Tribunal Federal) deu prazo até 19 de julho para que o Legislativo e o Executivo apresentassem um acordo sobre como conseguir compensar as perdas arrecadatórias com a medida.

O recesso parlamentar começa dois dias antes, o que praticamente inviabiliza uma aprovação no Congresso, já que o texto precisaria ser votado no Senado e na Câmara. A possibilidade de resolução do tema fica ainda mais distante com a falta de consenso entre as partes.

Algumas alternativas que encontram concordância entre os senadores são a repatriação de recursos no exterior, a regularização e atualização de ativos nacionais e a criação de um programa estilo Desenrola para possibilitar a negociação de dívidas junto a agências reguladoras.

Uma alternativa extra levantada pela equipe econômica seria aumentar a alíquota da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) em até 1%. No entanto, essa possibilidade só seria aplicada se as demais formas de garantir a compensação não atingissem o montante necessário.

“Me parece desnecessário para os fins de compensação e não há receptividade política em relação a isso”, alegou Pacheco, justificando que a sugestão ignora “o potencial de arrecadação positivo, sustentável e bem aceito pelo contribuinte”.

 

Em meio à indefinição, o governo estuda pedir mais tempo ao Supremo para continuar as negociações com os congressistas. Caso não haja prorrogação do prazo dado pela corte, a desoneração da folha de pagamento aos 17 setores que mais empregam deixa de valer em 2024.

No relatório, o grupo decidiu manter a maioria da proposta enviada pelo governo, preservando a estrutura básica do Comitê Gestor. No entanto, alguns detalhes foram adicionados ao relatório, como a participação dos contribuintes no Comitê Gestor e a inclusão de uma cota de 30% das vagas nas diretorias executivas da Auditoria Interna do comitê para mulheres.

A Auditoria Interna será responsável por fiscalizar os atos dos administradores e verificar o cumprimento de seus deveres legais e regimentais.

O texto também aborda outros aspectos da estrutura e funcionamento dos novos impostos, incluindo como serão julgadas as infrações tributárias e como será feita a devolução de créditos para o setor exportador.



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