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Seca no Amazonas: Tebet fala de repasses para mitigar crise

A ministra concedeu entrevista a emissoras de rádio do país, nesta quinta-feira (18)



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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, fala sobre a seca no Amazonas e efeitos climáticos durante entrevista ao programa “Bom Dia, Ministra”. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nesta quinta-feira (18), a ministra Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento, concedeu entrevista a emissoras de rádio de todo o país.

Durante a conversa com radialistas, a ministra falou sobre investimentos do governo federal para prevenir e reduzir os efeitos das tragédias climáticas em todo o país.

Além disso, a ministra abordou outros assuntos como regime fiscal sustentável, desenvolvimento da economia brasileira e COP 30.

Questionada pela Rádio Norte FM, de Manaus e Brasília, sobre a previsão de gastos do governo federal para minimizar os efeitos da seca no Amazonas, que tendem a se agravar no segundo semestre, Tebet não detalhou um valor específico definido para repasse na região.

No entanto, ela ressaltou que diante de efeitos de calamidade pública, poderão ser destinados recursos financeiros adicionais para situações excepcionais ou emergenciais, incluindo o bioma do Pantanal e o bioma Amazônico.

“É possível pela legislação criar créditos extraodinários, que provavelmente, ao continuar assim, será o caso do bioma Amazônico”, destacou a ministra.

Tebet afirmou que o presidente Lula determinou uma abordagem semelhante para o estado do Amazonas e o Pantanal, destacando a importância dessas regiões. Ele autorizou a liberação de créditos extraordinários necessários.

“A determinação do presidente Lula nesse aspecto, inclusive quando falou do Pantanal, falou da mesma forma em relação a situação do estado do Amazonas”, disse.

De acordo com Tebet, a equipe econômica garantirá a liberação dos recursos conforme necessário.

Além disso, Tebet disse que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que é originária da região Norte, conhece bem a área e já tomou medidas preventivas.

Segundo Tebet, Marina já antecipou a necessidade de mais recursos devido à situação “anormal” e “atípica” que começou no ano passado e continua se agravando este ano no Amazonas.

COP 30

Tebet falou sobre a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que será realizada em Belém (PA), em 2025.

Ela abordou a importância da região Norte como um todo no evento e destacou que “vai ser uma vitrine para o Brasil”.

A ministra afirmou que o trabalho está focado intensamente em aproveitar a floresta Amazônica, “maior ativo”, para gerar benefícios econômicos e financeiros para os brasileiros.

“A floresta Amazônica em pé significa termos aqui duas responsabilidades: manter a floresta em pé, mas também da dignidade a 28 milhões de amazônidas que moram e precisam de emprego e de renda”.

Segundo Tebet, na COP 30, vários ministérios apresentarão um grande projeto de crédito de carbono e títulos verdes para atrair recursos internacionais.

Ela destacou: “a Amazônia não precisa de chaminé ou de indústria com chaminé, mas ela precisa da indústria verde”.

Esses investimentos, portanto, visam fomentar o desenvolvimento sustentável e beneficiar a população mais humilde dos estados amazônicos, conforme espera Tebet.

Por fim, Tebet enfatizou que o grande objetivo é demonstrar ao mundo a necessidade de financiar a preservação da floresta Amazônica, além de lidar com as emergências climáticas imediatas.

” Com isso a gente vai trazer recurso, inclusive de fora, não só para cuidar da floresta, não só para cuidar através dos fundos, mas também para trazer desenvolvimento para essa região tão importante e tão empobrecida”, finalizou.

Seca no Amazonas

O governo estadual emitiu um alerta, indicando que a estiagem deste ano no Amazonas pode ser tão severa quanto ou pior que a do ano passado, prevendo a maior seca da história do estado.

Até o momento, 20 das 62 cidades já entraram em situação de emergência.

Além disso, a Defesa Civil informou que os níveis dos rios em todas as calhas do Amazonas estão abaixo do esperado para o período.

Ela também mencionou a importância dos rios para o bioma Amazônico, destacando seu valor não apenas para o Brasil, mas para o mundo.

Assista entrevista na íntegra:

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