Dos 277 deputados que votaram para manter Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) preso, sete eram do PL – a única bancada que orientou os seus integrantes para votar contra a manutenção da detenção do congressista.
Suspeito de ser um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), em 2018, Brazão está preso preventivamente desde 24 de março por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
De oposição ao governo, o PL tem a maior bancada da Casa. Os deputados do PL que votaram para manter a prisão foram:
Junior Lourenço (PL-MA);
Delegado Caveira (PL-PA);
Roberto Monteiro (PL-RJ);
Robinson Faria (PL-RN);
Silvia Cristina (PL-RO);
Antonio Carlos R. (PL-SP);
Rosana Valle (PL-SP).
Adilson Barroso (PL-SP);
Capitão Augusto (PL-SP);
Icaro de Valmir (PL-SE);
Joaquim Passarinho (PL-PA);
Sonize Barbosa (PL-AP).
Líder do PL na Câmara, o deputado Altineu Côrtes (RJ) afirma que a prisão de Brazão foi “inconstitucional”. Parte dos deputados da oposição avalia que a prisão é ilegal e questiona o fato de ser baseada em uma delação premiada. Esses deputados também negam o entendimento do Supremo de que se trata de uma detenção em flagrante.
A ordem de prisão, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, foi motivada por “flagrante delito pela prática do crime de obstrução de Justiça em organização criminosa”.
Posicionamentos dos deputados
A CNN procurou todos os deputados do PL citados. Joaquim Passarinho afirmou que não ficou “confortável” com a orientação do bancada e preferiu a abstenção. Para ele, o resultado da votação foi “previsível” pela comoção do caso.
Já o deputado Capitão Augusto afirmou que preferiu não contrariar a definição da bancada, apesar de avaliar haver provas de envolvimento de Brazão.
“Jamais votaria para soltar da prisão alguém com tantas provas de envolvimento, mas sou partidário, não iria contra meu partido do qual sou vice-presidente nacional, então, meu voto foi abstenção”, disse o deputado.
Adilson Barroso também avalia que Brazão pode estar envolvido no caso, mas preferiu se abster.
“O meu voto foi abstenção por achar que não podemos votar contra a Constituição. Não votei ‘sim’ e não votei ‘não’ porque compreendo que ele [Brazão] está de certa forma envolvido nos crimes da Marielle e do Anderson”, afirmou.
A deputada Silvia Cristina preferiu não comentar sobre o voto registrado.
Os demais parlamentares ainda retornaram.