O julgamento de Ronaldo dos Santos Lira, acusado de matar a adolescente Laryssa Victória e enterrar o corpo dela no próprio quintal, segue sem uma data definida para acontecer. O réu deve ir à júri por feminicídio, estupro, fraude processual e ocultação de cadáver.
Nos últimos meses, a data de julgamento foi suspensa duas vezes. Entenda por ordem cronológica:
- Em fevereiro, a Justiça marcou o julgamento para o dia 25 de abril em Ouro Preto do Oeste (RO), onde o crime aconteceu. No entanto, a defesa do réu pediu desaforamento (mudança de comarca) e o caso foi transferido para Ji-Paraná (RO). Logo, a data estabelecida para abril foi suspensa.
- De acordo com o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), pouco tempo depois um novo júri foi definido para ocorrer em julho. Porém, o advogado do réu pediu o adiamento do julgamento porque, segundo ele, já tinha outro caso marcado para acompanhar na mesma data.
- Dessa forma, o júri de Ronaldo dos Santos Lira foi transferido para a próxima pauta e tem previsão de ocorrer entre setembro a novembro deste ano, mas ainda não tem data específica definida.
- O processo está em segredo de Justiça e, por este motivo, maiores detalhes não podem ser divulgados.
Acusação
A Justiça acatou a denúncia feita pelo Ministério Público de Rondônia (MP-RO) contra Ronaldo dos Santos Lira em maio de 2022. Ele deve ser julgado por feminicídio, estupro, fraude processual qualificada e ocultação de cadáver.
No fim de março, mais de um ano após a morte de Laryssa, o laudo pericial feito no corpo dela ficou pronto e confirmou que ela foi estuprada por Ronaldo dos Santos Lira antes de ser morta e enterrada, segundo a família.
Na denúncia feita pelo Ministério Público de Rondônia (MP-RO), Ronaldo dos Santos Lira já havia sido acusado por estupro, devido aos indícios encontrados no corpo da adolescente no exame de necropsia. O laudo recente pode entrar como uma prova cabal da acusação.
Na ocasião, a defesa do acusado informou que pediria uma contraprova.
Caso Laryssa
A morte de Laryssa chocou a população e a família pela crueldade. Ronaldo dos Santos Lira confessou à polícia que matou a adolescente pelo “desejo de matar” que tinha desde a infância.
Ele teria usado a bolsa da própria vítima para tentar um estrangulamento, depois a esfaqueou no pescoço e “assistiu ela sangrar”. O acusado narrou no interrogatório que enquanto Laryssa morria, ele ria de prazer.
O corpo da adolescente foi encontrado enterrado no quintal de Ronaldo dos Santos Lira, dois dias depois que ela saiu de casa para se encontrar com amigas e não voltou.
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