O rio Madeira voltou a ultrapassar a cota de um metro após mais de um mês registrando recordes de mínimas históricas. Em outubro, o rio atingiu seu ponto mais crítico, marcando apenas 19 centímetros. As chuvas nas cabeceiras do rio, na Bolívia, têm contribuído para a recuperação gradual do nível das águas, já que cerca de 70% da vazão do rio Madeira vêm das regiões de cabeceira na Bolívia e no Peru.
A seca extrema alterou significativamente a realidade das famílias ribeirinhas que vivem às margens do rio Madeira. O baixo volume de água afetou a Hidrelétrica de Santo Antônio, que precisou paralisar parte das unidades geradoras e atualmente opera com apenas 14% das turbinas.
Além disso, o Porto de Porto Velho, uma das principais rotas de escoamento do Norte, permanece com operações limitadas desde o final de setembro. Essa situação impactou diretamente a logística e o funcionamento dos portos na região, resultando em uma redução de 60% no transporte de cargas.
A recuperação do nível do rio é um alívio para a região, mas a situação ainda exige atenção e monitoramento contínuo para garantir a estabilidade das operações e a segurança das comunidades ribeirinhas.