O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nessa quinta-feira (25), que a reforma tributária se comparar com a implementação do Plano Real no Brasil, em 1994, e outros eventos econômicos que mudaram o cenário fiscal no país.
“Eu compararia a reforma tributária há eventos como o Real, às reservas cambiais e à redução da dívida pública na primeira década dos anos de 2000. São coisas que começaram a enxergar o pobre no orçamento público”, disse o ministro da Fazenda.
A declaração foi dada em um evento voltado para profissionais do direito tributário, que aconteceu em um hotel, na zona Oeste de São Paulo.
Haddad destacou que estes eventos mudam a cara e reconfiguram o país.
“Eu penso que a reforma tributária vai reconfigurar o Brasil se nós continuarmos diligentes”, afirmou.
Para Haddad, se a equipe econômica colocar o interesse nacional acima dos demais, mesmo com algumas concessões sendo feitas em meio às negociações, vai ser possível entregar uma reforma tributária que atenderá vários requisitos.
“Vamos ter na reforma tributária um imposto só. A fiscalização vai ser a mesma no país inteiro, e o auditor principal — estadual e federal — vão estar fiscalizando o mesmo fato gerador. O que mais inserir é simplesmente o fato de que você tem duas alíquotas, que não se sobrepõem e destinam o recurso para cofres diferentes”, disse.
Haddad afirmou ainda que, tendo um imposto só, haverá a arrecadação pelo destino — o que é importante para o Brasil, que possui muitas disparidades regionais.
“Onde o cidadão consumir, é para lá que o imposto vai. Seja estadual, seja municipal, é para lá que o imposto vai. Já é uma coisa que vai corrigir desequilíbrios históricos do nosso país”, esclarece.
Por fim, Haddad disse que isso vai acabar com uma guerra fiscal que existe há muito tempo no Brasil.
“Criando um desenvolvimento regional vai aparecer R$ 60 bilhões na transição, que é dinheiro suficiente para reunir os esforços necessários para, do ponto de vista da infraestrutura, permitir que os investimentos se distribuam por todo o país, integrando a infraestrutura de todo o país”, destaca.