De acordo com análises da Cogo Inteligência e Agronegócio, o mercado de grãos enfrenta perspectivas contrastantes para a soja e o milho ao longo do período de abril a novembro de 2024 e além. Enquanto a soja experimenta uma tendência altista nos preços no mercado interno durante esse intervalo, impulsionada pela melhoria gradual dos prêmios nos portos brasileiros, o milho enfrenta uma dinâmica diferente, com tendência de preços sustentados, mas com desafios decorrentes da redução da área plantada.
Para a soja, a expectativa é de um cenário positivo no curto prazo, impulsionado pela melhoria gradual dos prêmios nos portos brasileiros. No entanto, a longo prazo, a perspectiva é baixista, influenciada por fatores como a safra recorde na América do Sul em 2023/2024, a expansão da área plantada nos Estados Unidos em 2024/2025 e o aumento dos estoques globais.
Já para o milho, a perspectiva é de preços sustentados no mercado interno brasileiro, mas com desafios significativos. A redução da área plantada indica uma oferta potencialmente mais restrita, e apesar do risco climático ter diminuído, as lavouras ainda estão sujeitas a diversos fenômenos adversos.
Com menos excedentes para exportação em 2024, prevê-se uma disputa entre os consumidores internos e as tradings, o que pode elevar os preços domésticos para patamares acima da paridade de exportação.
Em suma, enquanto a soja enfrenta uma dinâmica de curto prazo mais favorável seguida de desafios de longo prazo, o milho enfrenta uma situação de oferta mais restrita e desafios climáticos contínuos, com potenciais implicações para os preços domésticos e globais. Os produtores e investidores estão atentos a uma série de fatores que moldarão o mercado de grãos nos próximos meses e anos.
