Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024 - Email: [email protected]




Procuradoria inicia nesta segunda-feira (2) a análise de documentos entregues para a PF sobre o indiciamento de Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe

Decisão de Paulo Gonet sobre formato da acusação criminal, que pode tornar ex-presidente e militares golpistas réus no STF, fica para 2025



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A equipe da Procuradoria-Geral da República (PGR) inicia nesta segunda-feira (2) a análise dos documentos entregues pela Polícia Federal com o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outras 36 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

São nove membros do Ministério Público Federal, do grupo criado na PGR em 2023 para os processos do Supremo Tribunal Federal (STF) contra os atos golpistas, do 8 de Janeiro.

Além da análise de conexão entre os inquéritos contra Bolsonaro, o recesso do judiciário, que começa no próximo dia 20, também pesou na decisão.

São 37 indiciados — e esse número pode aumentar — no inquérito concluído pela PF. Eles foram indiciados por crimes de tentativa de golpe de Estado, atentado violento à democracia e formação de organização criminosa.

O relatório final da PF contra Bolsonaro colocou o ex-presidente como alvo de três indiciamentos policiais, nos processos sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo. Nenhum deles resultou, até o momento, em ação penal – em que o indiciado vira réu e segue para julgamento.

Paulo Gonet, o chefe do Ministério Público Federal, tem que decidir se: faz a acusação ao STF contra Bolsonaro e os demais indiciados; se pede novas apurações à polícia; ou se pede arquivamento do caso por falta de provas ou crime a ser denunciado.

Além do indiciamento pela tentativa de golpe, Bolsonaro é alvo do inquérito que apura a inserção de dados falsos em cartões de vacina e da investigação sobre a venda de joias no exterior.



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