A análise da Scot Consultoria revela que a primeira semana de julho foi marcada por preços firmes em São Paulo e outras regiões. Na praça paulista, a cotação da vaca gorda registrou uma alta na última quinta-feira.
Com a chegada do segundo semestre, destacam-se alguns pontos de atenção e expectativas para o mercado de boi. A tendência de estabilidade e alta nos preços deve continuar, conforme indicam os mercados futuros. No entanto, há fatores que podem impactar essa trajetória. A oferta de boiadas confinadas deve aumentar no segundo semestre, e a oferta de bovinos, especialmente de fêmeas, que foi intensa no primeiro semestre, pode pesar no mercado se continuar elevada.
No que diz respeito às exportações, historicamente, o segundo semestre tem melhor desempenho em volume, preços e receita. No primeiro semestre de 2024, os embarques foram recorde. Há incerteza quanto à demanda no segundo semestre devido ao forte volume embarcado. Dois cenários são possíveis: 1) compradores internacionais já estocados e menos presentes nas negociações com o Brasil, 2) repetição do histórico, mantendo a demanda aquecida, especialmente com o dólar alto, que deve continuar até o final do ano, mantendo o boi brasileiro competitivo no mercado internacional.
A demanda interna também deve melhorar. O desemprego está mais controlado, próximo a 8%, há menor pressão de dívidas sobre a população na segunda metade do ano e, geralmente, ocorre um aumento na geração de empregos temporários, além do recebimento de décimo terceiro salários e bonificações. Combinado a um preço de carne bovina mais acessível, a demanda interna deve ser positiva.
O cenário para o segundo semestre parece favorável. Para os confinadores planejando seu segundo giro, é importante notar que o “boi de outubro” é agora. No mercado futuro, o contrato de outubro encerrou o pregão de ontem (3/7) com um ágio de R$ 20,00/@ em relação ao mercado físico, apresentando uma oportunidade para um seguro de preço mínimo.
