De acordo com o Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (IBRAFE), os preços do feijão-carioca começaram a apresentar uma leve reação na semana passada, dentro de um comportamento considerado normal para essa época do ano. As expectativas para os próximos dias indicam que os preços continuarão a oscilar em função das variações de oferta, especialmente porque a colheita no estado de São Paulo começou com um volume menor do que a já reduzida demanda habitual nesse período. A colheita está prevista para se estender até o final de novembro, e a combinação de fatores climáticos e de mercado pode influenciar os resultados finais.
No último final de semana, as previsões de chuvas na região produtora contribuíram para um aumento nos preços, que chegaram a R$ 290, com pagamentos esperados para esta semana. A faixa de R$ 300 é vista como um limite onde a maioria dos empacotadores acredita que é possível repassar o aumento para produtos adicionais. No entanto, nos canais comerciais, esse repasse tende a ser um pouco mais lento, refletindo a cautela do mercado em relação às mudanças de preços. A dinâmica de oferta e demanda também é impactada pela variação dos custos de produção, que podem limitar a capacidade de repasse dos aumentos.
Além disso, o leve aumento no movimento comercial observado na semana anterior pode inibir a oferta dos produtores de todos os tipos de feijão ao longo desta semana. As condições climáticas continuam a ser um fator determinante que pode impactar ainda mais a oferta, pois chuvas excessivas ou escassez hídrica podem afetar tanto a produtividade quanto a qualidade das colheitas, tornando a situação ainda mais volátil.
