O levantamento analisou dados de 1.471 pacientes de Porto Alegre, São Paulo e Vitória. Entre os participantes, 9,94 tinham diabetes; 21,76%, hipertensão arterial sistênica; 9,66% eram tabagistas e 13,38% faziam uso de estatinas (medicamento para o colesterol). A média de glicose foi de 106 mg/dL.
“O estudo reforça a descoberta de que ter a glicemia capilar alterada está relacionado com um risco de ter eventos cardiovasculares aumentado. A diabetes descompensada também está ligada ao colesterol alterado e, portanto, há um aumento do risco de eventos cardiovasculares, como infarto e AVC. A pesquisa demonstra que, do ponto de vista de saúde pública e de proteção da população para eventos cardiovasculares, estamos muito, mas muito longe do esperado”, afirma o endocrinologista Ronaldo José Pineda Wieselberg, que é presidente da ADJ Diabetes Brasil e líder da pesquisa.
Doenças cardiovasculares e mortes
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, até essa quarta, mais de 224 mil pessoas morreram em 2024 por doenças cardiovasculares no país. Esta é a principal causa de morte no Brasil — elas causam o dobro de óbitos de todos os cânceres juntos, cerca de duas vezes mais que acidentes e violência e seis vezes mais do que todas as infecções.