Conhecida popularmente como gordura no fígado, a esteatose hepática ocorre quando as células do órgão são infiltradas por gordura. O Ministério da Saúde (MS) estima que três em cada dez brasileiros tenham a condição, e um agravante é que o problema costuma ser silencioso.
“Acredito que 70% das pessoas com gordura no fígado não sabe que está doente. Ficar muito tempo com a inflamação pode causar cicatrizes no órgão, levando aos problemas de saúde mais sérios”, afirmou o médico Marcos Pontes, da Clínica Evoluccy, em entrevista anterior ao Metrópoles.
De acordo com o Ministério da Saúde, é normal que o fígado tenha até 5% de gordura. Caso a quantidade exceda esse limite, é necessário tratá-lo o mais rápido possível para evitar complicações que incluem hepatite gordurosa, cirrose hepática e até câncer no fígado.
O acúmulo de gordura no fígado pode ser causado por diversos fatores, entre eles uma dieta rica em gorduras, uso constante de medicamentos, ingestão frequente de bebidas alcoólicas, diabetes não tratada e colesterol descontrolado.
Sintomas
Os sintomas da esteatose hepática podem incluir dor no abdômen, cansaço, fraqueza, perda de apetite, barriga inchada e dor de cabeça constante. Em casos graves, a condição pode gerar hemorragias, peles e olhos amarelados e inchaço dos membros inferiores.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por meio de ultrassom, ressonância magnética e, em algumas situações mais complicadas, por biópsia.
Tratamento
O tratamento para eliminar a gordura do fígado em quadros iniciais se apoia basicamente em três pilares: estilo de vida saudável, alimentação equilibrada e prática regular de exercícios físicos. Raramente é preciso incluir medicamentos para lidar com a condição.
A supervisão médica é necessária tanto para o diagnóstico como para o tratamento e prescrição de medicações.
Alimentos que ajudam a limpar o fígado
Em entrevista anterior ao Metrópoles, a nutricionista Patrícia Melo, que atende em Brasília, listou alguns alimentos que ajudam a prevenir gordura no fígado e auxiliam no processo de desintoxicação do órgão.
Beterraba
A beterraba é rica em antioxidantes, como as betalaínas, que reduzem os danos ao fígado provocados por radicais livres.
Aveia
A aveia é composta por altas taxas de beta glucano, uma fibra solúvel que reduz o colesterol alto.
Castanha-do-Pará
É fonte de gorduras boas como o ômega 3 e a vitamina E, que têm ação anti-inflamatória e antioxidante.
