“A investigação tem o seu curso e o seu prazo necessários para que a gente cumpra a tarefa com nosso trinômio básico: autonomia da equipe de investigação, qualidade da prova e responsabilidade”, disse Andrei a jornalistas.
E completou:
“A equipe tem trabalhado ao longo do tempo com essas premissas e tem a expectativa de, ainda neste mês de novembro, concluir todas as investigações que dizem respeito aos ataques à nossa democracia.”
A investigação sobre uma suposta tentativa de golpe para impedir a posse do presidente Lula (PT) após sua vitória nas eleições de 2022 implica o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de sua equipe, como os ex-ministros Augusto Heleno, Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira. Os três são generais da reserva do Exército.
Falhas no 8 de Janeiro
A Polícia Federal já concluiu que houve “falhas evidentes” na ação da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) para conter os atos antidemocráticos.
O documento foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
Moraes pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestasse no âmbito do inquérito, que tem como alvos o governador Ibaneis Rocha (MDB); o então chefe da SSP-DF, Anderson Torres (foto abaixo); um oficial da Polícia Militar (PMDF) e outro da Polícia Federal à época da tentativa de golpe.
Os quatro são investigados no inquérito que apura eventual omissão do poder público diante dos atos antidemocráticos cometidos por bolsonaristas insatisfeitos com o resultado do segundo turno das eleições presidenciais de 2022.