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PF indica que inquérito sobre Bolsonaro e 8 de Janeiro acaba neste mês

Diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues disse que a investigação sobre suposta tentativa de golpe segue o prazo necessário



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O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, disse nesta sexta-feira (1º/11) que os inquéritos sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado e sobre os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023 devem ser concluídos ainda neste mês de novembro. A data ficou marcada pela invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília (DF), e pela destruição da estrutura dos prédios públicos. Entre os investigados está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“A investigação tem o seu curso e o seu prazo necessários para que a gente cumpra a tarefa com nosso trinômio básico: autonomia da equipe de investigação, qualidade da prova e responsabilidade”, disse Andrei a jornalistas.

E completou:

“A equipe tem trabalhado ao longo do tempo com essas premissas e tem a expectativa de, ainda neste mês de novembro, concluir todas as investigações que dizem respeito aos ataques à nossa democracia.”

A investigação sobre uma suposta tentativa de golpe para impedir a posse do presidente Lula (PT) após sua vitória nas eleições de 2022 implica o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de sua equipe, como os ex-ministros Augusto Heleno, Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira. Os três são generais da reserva do Exército.

Falhas no 8 de Janeiro

A Polícia Federal já concluiu que houve “falhas evidentes” na ação da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) para conter os atos antidemocráticos.

O documento foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

Moraes pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestasse no âmbito do inquérito, que tem como alvos o governador Ibaneis Rocha (MDB); o então chefe da SSP-DF, Anderson Torres (foto abaixo); um oficial da Polícia Militar (PMDF) e outro da Polícia Federal à época da tentativa de golpe.

Os quatro são investigados no inquérito que apura eventual omissão do poder público diante dos atos antidemocráticos cometidos por bolsonaristas insatisfeitos com o resultado do segundo turno das eleições presidenciais de 2022.



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