Os confrontos ocorreram nos arredores do aeroporto de Juliaca, no sudeste do país. O país enfrenta forte instabilidade política desde que o presidente Pedro Castillo foi deposto após tentar aplicar um golpe de Estado.
Os manifestantes pró-Castillo pedem a destituição da atual presidente Dina Boluarte, além de pautas como a dissolução do atual Congresso, uma nova assembleia constituinte e soltura do presidente deposto. Depois de uma pausa devido às festas de fim de ano, os protestos começaram novamente em 4 de janeiro.
Entre as estratégias de obstrução utilizadas estão o bloqueio de estradas e a tomada de locais estratégicos, como aeroportos. Seis das 25 regiões do Peru registram obstruções.
Em Puno, na fronteira com a Bolívia, os manifestantes deflagraram greve por período indeterminado. Já no aeroporto de Ayacucho, o funcionamento será suspenso nesta terça-feira (10/1).
Desde dezembro, ao menos 34 pessoas já morreram durante os protestos. Em meio aos confrontos, o governo proibiu que o ex-presidente bolivariano Evo Morales entre no Peru. Aliados de Dina Boluarte acreditam na interferência do político em questões nacionais.