Terça-feira, 26 de novembro de 2024 - Email: [email protected]




‘Perceptível que estavam organizados’, diz PM agredida no 8 de Janeiro sobre manifestantes

A cabo Marcela Pinno narrou à CPMI dos atos extremistas que havia lideranças equipadas com máscaras e luvas



- Advertisement -

A cabo Marcela Pinno, da Polícia Militar do Distrito Federal, afirmou nesta terça-feira (12) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro que era “perceptível” que os manifestantes que invadiram o Congresso Nacional “estavam organizados”. Ela citou o uso de máscaras, luvas e lenços por parte de um grupo que parecia liderar os ataques.

“Havia em torno de quatro ou cinco manifestantes que estavam à frente da manifestação. Eles possuem luvas para terem acesso aos nossos materiais. São lançadas granadas a altas temperaturas que, se forem pegas em mão livre, vão ter queimaduras seríssimas. Eles se utilizavam de máscaras, toalhas e lenços para cobrir o rosto. Dessa forma, estavam organizados”, detalhou.

A fala foi feita após a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), ter lido convocações que circulavam em grupos de manifestantes. A mensagem dizia: “Evitem trazer crianças e pessoas de idade próximos aos dias do confronto. CACs [colecionadores, atiradores desportivos e caçadores], precisamos de vocês para neutralizar qualquer situação que nos trazerem risco de vida”. Os organizadores também pediam para que os extremistas trouxessem capacetes, luvas, coletes, máscaras de gás e óculos de natação contra efeitos de gases, além de toalha e soro fisiológico, tênis, botas e joelheiras.

“O relatório de inteligência da Abin [Agência Brasileira de Inteligência] traz a mesma definição: havia chamamento de CACs, de pessoas com técnicas próprias da área militar para estarem participando das manifestações”, detalhou Eliziane. Ela perguntou a Marcela se ela percebeu o uso de técnicas militares por parte dos manifestantes.

A cabo não confirmou o emprego das técnicas militares, mas disse que havia organização e lideranças. Marcela afirmou que, naquele momento, as pessoas que estavam na linha de frente das invasões não eram mais manifestantes, mas “vândalos”. Ela justificou a nomenclatura pelo grau de violência usado nos ataques.



Últimas Notícias





Veja outras notícias aqui ▼