A cabo Marcela Pinno, da Polícia Militar do Distrito Federal, afirmou nesta terça-feira (12) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro que era “perceptível” que os manifestantes que invadiram o Congresso Nacional “estavam organizados”. Ela citou o uso de máscaras, luvas e lenços por parte de um grupo que parecia liderar os ataques.
“Havia em torno de quatro ou cinco manifestantes que estavam à frente da manifestação. Eles possuem luvas para terem acesso aos nossos materiais. São lançadas granadas a altas temperaturas que, se forem pegas em mão livre, vão ter queimaduras seríssimas. Eles se utilizavam de máscaras, toalhas e lenços para cobrir o rosto. Dessa forma, estavam organizados”, detalhou.
A fala foi feita após a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), ter lido convocações que circulavam em grupos de manifestantes. A mensagem dizia: “Evitem trazer crianças e pessoas de idade próximos aos dias do confronto. CACs [colecionadores, atiradores desportivos e caçadores], precisamos de vocês para neutralizar qualquer situação que nos trazerem risco de vida”. Os organizadores também pediam para que os extremistas trouxessem capacetes, luvas, coletes, máscaras de gás e óculos de natação contra efeitos de gases, além de toalha e soro fisiológico, tênis, botas e joelheiras.