Depois de chuvas excessivas no Sul, grande parte do Brasil sofre agora com a escassez de precipitações.
Em meio à maior estiagem em 44 anos, queimadas se alastram por 24 estados e o Distrito Federal, resultado do tempo quente e seco, aliado à ação humana.
Pará, Amazonas e Mato Grosso do Sul decretaram situação de emergência e proibiram o uso do fogo para a limpeza de áreas rurais.
O cenário de seca prolongada e baixa umidade tem aumentado significativamente o número de incêndios também no Mato Grosso — no Vale do Guaporé, importante região produtora de grãos e gado, 50 mil hectares de reservas, pastagens e lavouras foram destruídos.
No estado de São Paulo, queimadas e incêndios afetaram quase 480 mil hectares em mais de oito mil propriedades rurais, com prejuízos superiores a R$ 2 bilhões, segundo a Secretaria da Agricultura e Abastecimento.
O setor mais afetado é o da cana-de-açúcar, além de perdas em grãos e pecuária.
Somente no mês de agosto, satélites registraram mais de 68 mil focos de incêndio ativos no país. As queimadas afetam de forma diferente cada tipo de vegetação: na Amazônia, a regeneração é muito mais lenta do que no Cerrado, que é mais resiliente.
Especialistas explicam que as queimadas não estão conectadas, mas têm em comum o clima extremamente seco. Meteorologistas preveem que essa situação pode se estender até novembro.
Os incêndios destroem o solo, fauna e flora. Especialistas alertam para a importância de medidas preventivas. Produtores devem estar atentos às condições climáticas e adotar práticas seguras no manejo das lavouras.
A prevenção, aliada à tecnologia e à conscientização sobre os riscos do fogo no campo, é essencial para garantir a segurança das propriedades e a sustentabilidade da produção agrícola.