Subiu para 115 o número de mortos no atentado terrorista em Moscou, na Rússia. A informação foi divulgada neste sábado (23) pelo Comitê de Investigação Nacional, que acompanha o caso. Até o momento, 121 pessoas foram hospitalizadas, com cerca de 60 delas, incluindo crianças, em estado “grave” ou “extremamente grave”.
O atentado aconteceu no Crocus City Hall – uma das principais salas de músicas de Moscou –, na noite dessa sexta-feira (22). Na hora, ao menos cinco homens armados com fuzis invadiram o local enquanto a banda Picnic se preparava para se apresentar e começaram a atirar contra os civis. Bombeiros e policiais foram acionados.
Pelas redes sociais, o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque, elogiando os “combatentes” que participaram do ato. A motivação, no entanto, não foi informada.
Em nota, o Serviço Federal de Segurança da Rússia confirmou que prendeu 11 suspeitos após o ataque, incluindo quatro que participaram diretamente do tiroteio. Segundo as equipes, os suspeitos tentavam fugir entre a Rússia e a Ucrânia, mas foram pegos durante uma perseguição de carro. Armas e passaportes foram encontrados com o grupo.
“O presidente recebe constantemente informações sobre o que está acontecendo e sobre as medidas sendo tomadas por todos os serviços relevantes. O chefe de Estado deu todas as instruções necessárias”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Fontes de inteligência russas disseram à mídia que os Estados Unidos forneceram um aviso generalizado de que poderia haver um ataque terrorista em Moscou. Em 7 de março, a embaixada norte-americana em Moscou alertou os cidadãos para evitar grandes aglomerações. O governo, no entanto, descartou os avisos em público em 19 de março.
Comunidade internacional condena atentado
Pelo mundo, líderes e organizações internacionais condenaram o atentado terrorista em Moscou. O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, por exemplo, expressou condolências às famílias das vítimas, dizendo que “nada pode justificar tamanha violência”. O mesmo foi dito pelo governo dos Estados Unidos.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas também emitiu uma nota, afirmando que o “ato repreensível de terrorismo resultou na grave perda de vidas. O comunicado transmitido pelo Japão, que detém a presidência rotativa do órgão, condenou nos termos mais fortes o ataque, qualificado-o como “hediondo e covarde”.