O nível do rio Madeira subiu após meses de seca extrema, registrando 3,98 metros nesta segunda-feira (25) em Porto Velho, de acordo com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). Apesar do aumento, o nível ainda está quase 3 metros abaixo da média para a época do ano. O menor nível nível registrado foi dia 11 de outubro: 19 centímetros.
Ainda conforme o Censipam, o nível esperado do rio Madeira para o mês de novembro é de 6,16 metros. O levantamento também revela a máxima histórica já atingida pelo rio em anos anteriores: 11,88 metros.
É possível perceber, através do gráfico, que todo dia 25 de cada mês de 2024 o rio esteve abaixo da média e, em alguns deles, chegou a superar a mínima histórica.
Em outubro deste ano, o rio Madeira atingiu o menor nível já registrado desde que começou a ser monitorado em 1967: 19 centímetros. O baixo volume afetou a Hidrelétrica de Santo Antônio, que precisou paralisar parte das unidades geradoras e funcionou com apenas 14% das turbinas.
A seca extrema também alterou a realidade de famílias ribeirinhas que vivem às margens do rio Madeira, algumas sobreviviam com menos de 50 litros de água por dia em razão estiagem extrema em Rondônia.
Neste cenário, os peixes, principal fonte de subsistência das família ribeirinhas, desapareceram. Ao invés de pescar e vender, os pescadores precisaram comprar peixe de outras regiões para se alimentar. Durante o nível mais crítico, eles tiveram que criar “corredores” na lama em meio ao deserto que se formou onde antes era o rio Madeira.