Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 - Email: [email protected]




Nível do rio Madeira sobe quase quatro metros, mas permanece abaixo da média em RO

Menor nível registrado no rio Madeira foi dia 11 de outubro de 2024: 19 centímetros. Seca extrema também alterou a realidade de famílias ribeirinhas que vivem às margens do rio Madeira.



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Morador da margem do rio Madeira, Valcir da Costa posa durante uma entrevista em Porto Velho, capital de Rondônia. O rio, um dos principais afluentes do Amazonas, está mais baixo do que nunca devido a uma seca extrema que ameaça os meios de subsistência das comunidades ribeirinhas. — Foto: Isaac Fontana/EPA-EFE/REX/Shutterstock

O nível do rio Madeira subiu após meses de seca extrema, registrando 3,98 metros nesta segunda-feira (25) em Porto Velho, de acordo com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). Apesar do aumento, o nível ainda está quase 3 metros abaixo da média para a época do ano. O menor nível nível registrado foi dia 11 de outubro: 19 centímetros.

Ainda conforme o Censipam, o nível esperado do rio Madeira para o mês de novembro é de 6,16 metros. O levantamento também revela a máxima histórica já atingida pelo rio em anos anteriores: 11,88 metros.

É possível perceber, através do gráfico, que todo dia 25 de cada mês de 2024 o rio esteve abaixo da média e, em alguns deles, chegou a superar a mínima histórica.

Em outubro deste ano, o rio Madeira atingiu o menor nível já registrado desde que começou a ser monitorado em 1967: 19 centímetros. O baixo volume afetou a Hidrelétrica de Santo Antônio, que precisou paralisar parte das unidades geradoras e funcionou com apenas 14% das turbinas.

Moradores observam o Rio Madeira durante a estação seca em Humaitá, no Amazonas, no dia 7 de setembro de 2024. — Foto: Edmar Barros/AP

A seca extrema também alterou a realidade de famílias ribeirinhas que vivem às margens do rio Madeira, algumas sobreviviam com menos de 50 litros de água por dia em razão estiagem extrema em Rondônia.

Nas últimas semanas, as chuvas que caíram sobre a região contribuíram para amenizar o cenário de seca extrema, mas elas não tem um impacto significativo no rio. O engenheiro hidrológico Guilherme Jordão, explicou que cerca de 70% da vazão do rio Madeira vêm das regiões de cabeceira na Bolívia e no Peru.



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