Quinta-feira, 28 de novembro de 2024 - Email: [email protected]




Musk x Moraes: 68% das menções nas redes foram críticas ao STF, aponta Quaest

Apoiadores do bilionário defenderam liberdade de expressão; críticos denunciaram interferência na soberania brasileira



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embate entre o empresário Elon Musk e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), resultou em discussões nas redes sociais. Uma pesquisa Quaest, divulgada na noite de terça-feira (9), apontou que, das interações, 68% tinham menções negativas à Corte, enquanto 32% criticavam o dono do X (antigo Twitter).

Os dados foram coletados entre domingo (7) e terça-feira (9). No período, a média de menções por dia sobre o caso foi de 65 mil, com alcance de 72 milhões.

Segundo a análise, o principal argumento dos apoiadores de Musk foi a defesa da liberdade de expressão e o combate à censura. A maioria dos usuários publicaram mensagens agradecendo o bilionário e pediram o impeachment de Moraes. Em tom de urgência, também cobraram o posicionamento de senadores e deputados sobre o tema.

Já os críticos de Musk e apoiadores de Moraes denunciam a interferência do dono do X na soberania brasileira, afirmando ser uma estratégia da extrema-direita para facilitar a propagação de fake news pelas “Milícias digitais”. Em tom de humor, alguns defensores do ministro o chamam de “Xandão” e “autorizam” suas ações.

“A hashtag #desmonetizatwitter, com objetivo de pressionar empresas a deixarem de anunciar no X, está crescendo e protagonizando as menções deste lado do debate. Críticos do bilionário tentam contra-atacar, prejudicando os lucros da plataforma no Brasil”, disse a Quaest.

Musk x Moraes

A escalada de tom entre Musk e Moraes acontece desde o fim de semana. No sábado (6), o empresário disse que iria suspender as restrições aos perfis ordenadas por Moraes, alegando censura. No dia seguinte, Musk chamou Moraes de “Darth Vader do Brasil” e sugeriu que o magistrado renunciasse ao cargo ou sofresse um impeachment.

Na série de publicações, o empresário ainda ameaçou retirar a empresa do Brasil. Pouco tempo depois, ele compartilhou um tutorial demonstrando como baixar VPN para mascarar o local de acesso do computador e, dessa maneira, poder continuar usando o X, caso a rede decidisse de fato deixar de operar em solo brasileiro.

As postagens chegaram até Moraes, que incluiu Musk no inquérito das fake news – responsável por investigar grupos por condutas contra a democracia. Moraes também abriu um novo inquérito para apurar a conduta de Musk. A ideia é investigar se há crime de obstrução à Justiça, “inclusive em organização criminosa e em incitação ao crime”.



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