Sábado, 28 de setembro de 2024 - Email: [email protected]




Ministra do Esporte de Lula afirma que não pretende investir em esports: “É entretenimento”



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A ministra do Esporte do governo Lula, Ana Moser, disse em entrevista ao portal UOL que a pasta não vai investir recursos nos esports. A ex-atleta de vôlei explicou que não considera os jogos eletrônicos como uma modalidade esportiva.

“A meu ver o esporte eletrônico é uma indústria de entretenimento, não é esporte. Então você se diverte jogando videogame, você se divertiu. O atleta de esports treina, mas a Ivete Sangalo também treina para dar show e ele não é atleta, ela é uma artista que trabalha com entretenimento”, comparou a ministra.

Moser disse, ainda, que os jogos não podem ser comparados com os esportes porque são previsíveis. “O jogo eletrônico não é imprevisível, é desenhado por uma programação digital, cibernética. É uma programação, ela é fechada, diferente do esporte”.

A titular da pasta citou também o período em que trabalhou contra projetos de leis que faziam essa equiparação, quando estava à frente da Atletas pelo Brasil, uma organização que luta por leis e políticas públicas voltadas para esportistas.

“Eu na minha vida pregressa, fiz uma ação muito forte junto ao legislativo para o texto da lei geral não ser aberto o suficiente para ter o encaixe dos esportes eletrônicos. O texto está lá protegendo o esporte raiz. A definição de esporte tinha sido dado uma abertura que poderia incluir esporte eletrônico, e a gente fechou essa definição para não correr esse risco”, comentou a ministra.

Estima-se que o mercado de jogos eletrônicos movimentou US$ 2,3 bilhões no Brasil em 2021 e cerca de 74% dos brasileiros jogam algum game, de acordo com a consultoria Newzoo, mas o setor de esports ainda continua sem regulamentação.

Para tentar mudar isso, o senador Roberto Rocha (PSDB/MA) apresentou o Projeto de Lei do Senado 383/2017, que define como esporte todas “atividades que, fazendo uso de artefatos eletrônicos, caracteriza a competição de dois ou mais participantes”.

O projeto chegou a sofrer críticas em 2019 de parte da comunidade gamer, que reclamou de não ter sido consultada e dizia que alguns trechos da lei poderiam prejudicar a atividade de jogadores profissionais. De todo modo, o assunto segue sem conclusão.



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