Um funcionário importante do Ministério da Agricultura da China anunciou hoje que a produção de cereais do país deve ultrapassar o recorde de 700 milhões de toneladas, representando um aumento de 0,7% em relação à safra de 2023, que foi de 695,41 milhões de toneladas. As informações foram divulgadas pela Reuters, com dados do Escritório Nacional de Estatística. Zhang Xingwang, vice-ministro da Agricultura e Assuntos Rurais, destacou que a produção de grãos na China se manteve estável por nove anos consecutivos, com a expectativa de que este ano alcance pela primeira vez 1,4 trilhão de jin.
A China, maior produtora mundial de cereais, tem aumentado seus investimentos em tecnologia de sementes e maquinaria agrícola, à medida que busca garantir a segurança alimentar para uma população de 1,4 bilhões de pessoas. Apesar desses avanços, Zhang alertou que a oferta e a demanda por alimentos permanecem em um equilíbrio apertado, exigindo esforços contínuos para assegurar um abastecimento estável de cereais. O país ainda depende das importações de soja e não conseguiu atender totalmente às suas necessidades de milho.
O ministério também tem trabalhado na seleção e cultivo de variedades de soja com alto rendimento e teor de óleo, além de planejar subsídios para o processamento de soja. Em relação à produção de carne, os preços da carne suína têm se mantido estáveis, e as margens de lucro estão voltando a níveis normais após a rápida expansão das fazendas e um excesso de oferta no ano passado. A China continuará monitorando a produção de suínos, especialmente após o aumento da produtividade das porcas reprodutoras, que poderá impactar os preços no próximo ano. Atualmente, o país possui cerca de 40,62 milhões de porcas reprodutoras, conforme dados do ministério.