Terça-feira, 26 de novembro de 2024 - Email: [email protected]




Mina em Maceió cede quase 2 metros em 3 dias; colapso pode abrir cratera do tamanho do Maracanã

Defesa Civil passou a monitorar movimentação após alerta de colapso em uma das cavernas da Braskem para extração de sal-gema. Problema afeta cerca de 55 mil pessoas em cinco bairros da cidade.



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Imagem panorâmica mostra localização onde mina pode afundar, próximo da lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, em Maceió — Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas

Entre os dias 28 e 30 de novembro, o solo de uma das 35 minas da Braskem para extração de sal-gema em Maceió que estava sob risco iminente de desabar já cedeu 1,87 m.

Segundo informações da Defesa Civil Municipal, a mina está cedendo a uma velocidade de 62 centímetros por dia.

As primeiras rachaduras em casas e ruas que lançaram luz sobre o problema surgiram em 2018. De lá para cá, mais de 14 mil imóveis foram desocupados em 5 bairros da cidade, afetando 55 mil pessoas. O colapso na mina 18, localizada no bairro do Mutange, pode abrir uma cratera do tamanho do estádio do Maracanã.

Antes do alerta de colapso, não era feita a medição da movimentação de uma mina específica, mas de toda a região que antes era explorada pela mineração, por isso não é possível fazer uma comparação de quanto a mina cedeu antes do alerta.

O bairro do Mutange já havia sido completamente evacuado desde que o problema começou. Nos bairros vizinhos também houve evacuação, mas não completamente. Algumas dezenas de famílias ainda permaneciam no Bom Parto, Bebedouro e Pinheiro. Mas a possibilidade do desastre fez muita gente sair voluntariamente e até um hospital transferiu todos os seus pacientes.



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