A possibilidade surge em meio a escalada da tensão dos últimos dias, após o presidente Nicolás Maduro ser declarado reeleito. A oposição questiona e alega fraude.
O embarque da tropa, no entanto, depende de avaliação de necessidade e pedido do Itamaraty. Ainda assim, caso se decida pelo envio, é preciso solicitar autorização do governo venezuelano.
Na quinta-feira (1), Múcio esteve com o chanceler Mauro Vieira para tratar do assunto.
Se enviados, os integrantes das Forças Armadas também devem atuar na proteção das embaixadas da Argentina e do Peru — que pediram o apoio brasileiro na proteção de diplomatas e das instalações depois que Maduro determinou a expulsão do corpo diplomático de 7 países da América Latina.
Fronteira
Além das embaixadas, há uma preocupação com a fronteira do Brasil com a Venezuela. Múcio, entretanto, afirmou ainda nesta sexta-feira (2) que a situação está controlada, sem necessidade de reforços militares.
“Está controlada”, disse o ministro à CNN. “Desde o episódio de Essequibo, as fronteiras estão reforçadas”, acrescentou.
O governo brasileiro avalia, inclusive, que a instabilidade política deve frear o ímpeto expansionista de Maduro e conter uma eventual ofensiva contra a Guiana.
Para militares e diplomatas ouvidos pela CNN, Maduro deve se dedicar nos próximos meses a lidar com a crise interna instalada por um eleição questionada pela oposição e por outros países.