Após um mês de grande pressão negativa, os pecuaristas apostam em um cenário diferente em junho! A desvalorização da arroba nas últimas semanas, deixou o mês de maio conhecido como o “maio vermelho”, ficando marcado na história da pecuária brasileira. Mas junho promete uma virada no jogo, principalmente com a antecipação da entressafra do boi gordo
A grande pressão negativa, em maio, se deu pela melhor posição das escalas de abate que as indústrias conquistaram, além do embargo de importantes plantas que atendem ao mercado da exportação. Outro fator importante de ser levado em consideração é que, historicamente, o início da seca traz ao mercadinhos uma maior oferta de animais para abate.
Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, algumas unidades frigoríficas permanecem ausentes da compra de gado, avaliando as melhores estratégias para aquisição de boiadas no curto prazo. No geral, os frigoríficos ainda operam com escalas de abate confortáveis, e devem manter a pressão mesmo durante a virada de mês. Mas, para o pecuarista que está com gado para sair na segunda quinzena de junho, o cenário pode ser outro!
Durante o mês de maio, a arroba teve uma desvalorização de R$ 7,50/@, deixando a arroba apregoada em R$ 321,40/@. Já a arroba em dólar, fechou o mês cotada a US$ 67,65/@, conforme os dados da instituição. Segundo o app da Agrobrazil, na sua informação diária, posicionando as escalas de abate pelos estados brasileiros, já começou a mostrar que as escalas de abate, ora confortáveis, já começam a reduzir. Conforme a imagem abaixo, é possível verificar que em sua maior parte elas atendem até 10 dias úteis.
Com isso, a referência continua valendo nas praças paulistas. Os negócios para o boi gordo estão em R$302,00/@, para a vaca gorda em R$272,00/@ e para a novilha gorda em R$292,00/@, preços brutos e a prazo, apontou a Scot Consultoria.