Sábado, 18 de maio de 2024 - Email: [email protected]




Mercenários que ameaçam Putin deixam fronteira com a Polônia em alerta máximo

Primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, disse que há risco de soldados se disfarçarem de guardas de fronteira de Belarus para ajudar imigrantes ilegais a entrarem no país.



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Combatentes do grupo Wagner fizeram um motim e chegaram a marchar na direção de Moscou em junho — Foto: Stringer/Reuters

O primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, afirmou neste sábado (29) que mais de 100 soldados do Grupo Wagner se aproximaram da cidade de Grodno, em Belarus, próximo às fronteiras com a Polônia e a Lituânia.

O Grupo Wagner é uma empresa militar privada russa formada por combatentes mercenários que travaram, sob ordem do governo russo, várias batalhas na invasão à Ucrânia.

Morawiecki acusou Belarus, país aliado da Rússia, de enviar migrantes para a fronteira na tentativa de sobrecarregar os oficiais poloneses e disse que os combatentes poderão estar disfarçados.

“A situação está ficando cada vez mais perigosa. Provavelmente eles (os soldados do Wagner) estarão disfarçados de guardas de fronteira de Belarus e ajudarão imigrantes ilegais a entrarem no território polonês (e) desestabilizar a Polônia”, disse Morawiecki, em entrevista coletiva em Gliwice, no oeste do país.

Primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, durante encontro de líderes da União Europeia, em 2021 — Foto: Christian Hartmann/Pool/Reuters
Primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, durante encontro de líderes da União Europeia, em 2021 — Foto: Christian Hartmann/Pool/Reuters

Conhecido como corredor de Suwalki, o trecho da fronteira entre a Polônia e a Lituânia tem cerca de 100 km de extensão e conecta Belarus à região russa de Kaliningrado.

A presença do Grupo Wagner nesta região pode aumentar a tensão com países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), grupo que, além de Polônia e Lituânia, inclui Estados Unidos, Reino Unidos e França.

Grupo Wagner em Belarus

Combatentes do Grupo Wagner chegaram a Belarus há duas semanas após organizarem um motim contra o presidente russo, Vladimir Putin.

Eles foram convidados pelo presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, que buscava encerrar o levante contra Putin. Lukashenko também pediu para o Grupo Wagner ajudar a treinar militares de Belarus próximo à fronteira com a Polônia.

A Polônia, antiga integrante do Pacto de Varsóvia e que se tornou membro completo da aliança militar da Otan em 1999, está preocupada com a possibilidade de que a guerra entre Rússia e Ucrânia respingue em seu território.

No começo deste mês, a Polônia começou a mobilizar mais de mil tropas para a região leste do país com a preocupação de que a presença de soldados do Grupo Wagner em Belarus possa levar a tensões maiores na fronteira.



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