Uma versão adaptada da dieta mediterrânea pode ser ainda mais benéfica para a saúde cerebral. Pesquisadores de Israel afirmam que acrescentar chá verde, nozes e um smoothie verde ao cardápio tradicional pode retardar o envelhecimento do cérebro e reduzir o risco de demência futura.
Os cientistas realizaram um experimento com aproximadamente 300 pessoas obesas. Os resultados mostraram que a dieta mediterrânea verde foi capaz de reduzir os níveis de açúcar no sangue e de acelerar o metabolismo dos participantes, além de demonstrar efeitos neuroprotetores.
“O acréscimo do consumo de chá verde e smoothies foi associado a melhorias significativas na saúde do cérebro, especialmente em participantes que consumiram o shake pelo menos três vezes por semana e beberam o chá verde diariamente”, afirmaram os autores, em comunicado à imprensa.
Dieta mediterrânea verde
A dieta mediterrânea tradicional preza pelo consumo de gorduras saudáveis, peixes ricos em Ômega-3, grãos integrais, frutas e vegetais frescos. Ela se tornou popular após estudos mostrarem seus benefícios para a longevidade e a prevenção de doenças, incluindo as cardíacas e o câncer.
Os pesquisadores da Universidade Ben-Gurion do Negev, em Israel, acrescentaram chá verde, nozes e um smoothie à base de Mankai – planta aquática conhecida como lentilha da água – para potencializar os benefícios da deita mediterrânea tradicional.
O grupo que seguiu a dieta mediterrânea verde também deveria comer 28 gramas de nozes, tomar três xícaras de chá verde e ao menos um shake verde feito com a Mankai. Os voluntários dos três grupos foram matriculados em uma academia de ginástica e participaram de sessões educacionais de incentivo a atividades físicas.
Exames de ressonância magnética foram feitos no início e no fim do experimento para calcular alterações no tamanho do cérebro.
Os resultados mostraram que os seguidores da dieta mediterrânea verde tinham melhores níveis de açúcar no sangue e menos probabilidade de desenvolver condições metabólicas como diabetes tipo 2 quando comparados aos outros grupos. Também apresentaram melhores métricas nos exames de imagem do cérebro.
A hipótese dos cientistas é que os ganhos se devem aos três alimentos acrescentados à dieta mediterrânea tradicional. Segundo eles, o chá verde, as nozes e o shake com Mankai aumentaram o aporte de polifenóis, compostos bioativos com alto poder antioxidante.