Uma grande manifestação tomou as ruas de São Paulo neste domingo, reunindo uma multidão que clamava por liberdade de imprensa, respeito ao Estado de Direito e anistia para os condenados dos eventos de 8 de janeiro.
O ato foi marcado pela presença de figuras proeminentes da política, como o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfatizou a necessidade de pacificar o país. Em seu discurso, Bolsonaro destacou: “Não queremos filhos órfãos de pais vivos”, referindo-se às penas que ele considera desproporcionais para a maioria dos presos do 8 de janeiro de 2023. Ele defendeu que muitos estavam em uma manifestação pacífica e foram presos por conta de alguns depredadores, sendo tratados com um rigor excessivo, sem um julgamento justo e transparente. “Quem depredou, precisa ser punido; mas quem apenas estava nas manifestações e foram surpreendidos pelo ato beligerante de alguns, não deveriam sofrer uma punição tão desmedida”, afirmou.
O líder religioso Silas Malafaia também teve destaque no evento, alegando uma perseguição ao ex-presidente e aos manifestantes que o apoiam em todo o país. Malafaia criticou o tratamento diferenciado dado pela imprensa e alguns setores da sociedade às manifestações pró Bolsonaro em comparação com atos violentos de grupos ligados aos partidos de esquerda em anos anteriores. Ele questionou a postura de um ministro do TSE que afirmou que a “extrema-direita” deveria ser varrida da política, argumentando que a decisão sobre quem deve ou não governar o país pertence ao povo brasileiro. Essa fala é completamente infundada, pois o ex-presidente tem apoio em vários grupos políticos, que abrangem desde partidos de centro, até a partidos de direita, afirmam lideranças pró Bolsonaro.
Governadores de São Paulo, Goiás e Minas Gerais, além de centenas de deputados estaduais e federais, prefeitos e vereadores de todo o país também marcaram presença, demonstrando a amplitude do apoio ao movimento.
Os manifestantes, que se estenderam ao longo da Avenida Paulista, expressaram a necessidade de pacificação do país e criticaram as prisões de “pais e mães de família” relacionadas aos atos de 8 de janeiro, reivindicando anistia para os condenados. Segundo os participantes, essas prisões são vistas como desproporcionais e um ataque à liberdade de expressão.
A manifestação transcorreu de forma democrática e pacífica, encerrando-se por volta das 17 horas. Apesar da ampla cobertura da imprensa nacional e internacional, houve relatos de omissão por parte de algumas organizações de mídia, como as organizações Globo, que, segundo os organizadores do evento, não deram a devida atenção ao ato em seus principais veículos de comunicação.
O evento reflete um momento de polarização e debate acalorado no cenário político brasileiro, com diferentes grupos reivindicando seus direitos e expressando suas visões sobre o rumo do país.