As Nações Unidas informaram que 2022 foi um ano sem precedentes em relação a surtos de cólera. Houve um aumento de 50% no número de nações com casos da doença, se comparado a 2021.
Atualmente, 22 países combatem surtos. Alguns deles já não notificam a doença, há vários anos.
Número, dimensão e coexistência alarmantes
Na lista, o único de língua portuguesa é Moçambique com suspeitas de casos. A taxa de mortalidade global chegou a 2% na que é conhecida como a sétima pandemia em tamanho e número alarmantes.
O índice “muito elevado” atingiu o ponto mais alto em mais de uma década.
O chefe da equipe de cólera da agência, Philippe Barboza, destaca que essa tendência continua sendo observada nas cinco regiões. O problema é alimentado por fatores como pobreza, conflitos, desastres e mudanças climáticas. A agência informa que mais três países confirmaram surtos, somente na semana passada.
Estabelecimentos de saúde
Em todo o mundo, mais de 1 bilhão de pessoas em 43 países correm risco de contrair a infecção. Falta de vacinas A OMS diz que cerca de 37 milhões de doses de imunizantes estão disponíveis e não se espera nenhum aumento na produção de vacinas antes de 2024.
Faltam ainda suprimentos de medicamentos e testes para cólera, uma tarefa que além da OMS envolve o Fundo da ONU para a Infância, Unicef, e outros parceiros. Ambas as agências chamam a atenção para a observação do direito humano de acesso à água e ao saneamento.
Um quarto das pessoas carece de serviços de água potável administrados com segurança e quase metade da população mundial necessitava de saneamento. Para as agências das Nações Unidas, é inaceitável que metade dos estabelecimentos de saúde do mundo ainda precise de água e sabão básicos ou álcool em gel para as mãos.