Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 - Email: [email protected]




Maduro silencia e Lula e Petro insistem em telefonema

Negociações enfrentam dificuldades após nota conjunta dos governos do Brasil e da Colômbia cobrando divulgação de atas



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O presidente Lula e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, voltaram a articular uma ligação telefônica com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, diante do recrudescimento do regime venezuelano contra opositores.

A negociação, porém, tem enfrentado dificuldades porque Maduro, segundo diplomatas brasileiros, silenciou desde que os dois países divulgaram, no último sábado (24), uma nota conjunta na qual exigem a entrega das atas eleitorais.

A situação é diferente de anteriores, quando Maduro fez chegar ao palácio do Planalto e ao Itamaraty seu incômodo com a posição brasileira, por meio de aliados.

No Itamaraty, porém, a ideia é manter a estratégia e utilizar uma eventual conversa telefônica para que as atas eleitorais sejam entregues.

A avaliação no Palácio do Planalto e no Itamaraty é que as notícias mais recentes envolvendo o sequestro de um opositor é preocupante e é possível que piore, uma vez que a oposição deve se manifestar formalmente nesta quarta-feira (28).

O regime chavista tem ampliado a repressão após reações críticas da oposição.

A ideia do telefonema vem desde os primeiros dias após a eleição, mas perdeu força por uma série de fatores. Primeiro, o próprio Lula rejeitou conversar com Maduro. Depois, o presidente do México, que participaria de uma ligação conjunta que também teria Petro, deixou o grupo.

No entorno de Lula, não há a avaliação de que a situação será resolvida no curto prazo. Mas há esperança de que, como a posse é apenas no dia 10 de janeiro de 2025, vale manter a mesma estratégia enquanto houver sinais de que é possível conversar.



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