Anunciada como nova ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo disse ser importante a apuração sobre as denúncias de assédio sexual contra Silvio Almeida, seu antecessor no cargo, mas que também é necessária cautela.
A ministra foi escolhida nesta segunda-feira (9) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para substituir Almeida, demitido na última sexta-feira (6).
“É muito importante que os órgão responsáveis façam as apurações devidas”, disse. Almeida nega as acusações.
A declaração foi a primeira manifestação pública da ministra após o anúncio de que ocupará o cargo — a posse, segundo ela, será na semana que vem; enquanto isso, o Ministério dos Direitos Humanos está sob responsabilidade de Esther Dweck, também ministra da Gestão.
Macaé também falou que, nas investigações sobre as denúncias de assédio, “é preciso garantir o direito dos denunciantes”. “Também garantir amplo e pleno direito de defesa. E uma coisa que é muito importante: que a gente garanta privacidade e sigilo sobre os fatos, principalmente das pessoa que foram lesadas”.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, será uma das vítimas do assédio. Ela ainda não se manifestou oficialmente a respeito.
Segundo Macaé, ela pretende lidar com o caso envolvendo Almeida da forma mais transparente possível.
“A gente precisa sair desse luto e ir para à luta. Tem muito trabalho a fazer”, disse. “Acho que todo mundo tem direito à memoria e à verdade. E o nosso país precisa dar essa resposta”, comentou, falando em não “olhar para trás”. “Vamos olhar para frente”.