Sexta-feira, 18 de outubro de 2024 - Email: [email protected]




Leo Fachin, pré-candidato ao Senado por RO, fala ao Segundo News; “a legislação brasileira está um balaio de gato”



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Leo Antônio Fachin

Em entrevista ao site Segundo News, o juiz aposentado Leo Antônio Fachin, que atuou quase 20 anos como magistrado em Rondônia, falou sobre as pretensões e motivações, que o levaram a lançar seu nome na disputa por uma cadeira no Senado Federal por Rondônia, nas eleições de 2022.

Natural do Rio Grande do Sul, mas morador de Rondônia desde 1992, ano em que foi aprovado no concurso para juiz, Leo Fachin, como é mais conhecido, foi professor universitário na Faculdade São Lucas por muitos anos e atualmente é advogado militante em Porto Velho, porém, agora inicia uma nova etapa em sua vida, pelo partido Avante, que vê como uma forma de retribuir ao povo rondoniense, o acolhimento que recebeu quando decidiu aqui fazer morada: “Já aposentado do judiciário fazem 10 anos e mesmo assim permaneço com pé fincado em Rondônia. Tenho certeza que posso contribuir e preciso retribuir a este Estado o que aqui recebi. Pra mim é um novo desafio nessa minha nova fase da vida”, afirmou.

Diante da sua experiência como juiz, Leo relatou que a legislação no Brasil, está uma verdadeira bagunça, que só prejudica a classe trabalhadora: “A legislação brasileira está um verdadeiro “balaio de gato”. Muitas leis que praticamente matam o setor produtivo. Pressão ambiental sem parâmetros no agronegócio. Isso gera muita insegurança jurídica. Como grande conhecedor do agro, da vida social e de legislação vamos ajudar e tentar corrigir isso. A visão que muda é a necessidade de políticos que não façam dos seus mandatos um emprego e nem base só para a própria vaidade ou bem-estar pessoal”, desabafou Leo.

Leo também foi claro ao afirmar que a desarmonia atual entre os poderes legislativo, executivo e judiciário do Brasil, vem manchando a reputação do Supremo Tribunal Federal: “os poderes devem ser harmônicos e independentes. Existem excessos dos dois lados. O judiciário precisa ser respeitado, claro. Porém a atuação do STF tem sido lamentável, virou um tribunal ideológico. Como Juiz aposentado me sinto envergonhado das atitudes recentes de certos Ministros do STF. Estão acabando com a credibilidade dessa relevantíssima instituição brasileira.”

Ao ser questionado sobre como acredita que sua experiência no judiciário pode favorecê-lo caso seja eleito ao senado, Leo foi direto:  “Como já disse, pelo grande conhecimento no setor do agronegócio, da realidade social e cultural do Estado e do conhecimento jurídico para a importante função de senador, que é a elaboração de leis que de fato sejam coerentes para a sociedade.”

Voltado à problemática da segurança do Estado, o juiz aposentado afirmou acreditar fielmente que a valorização do profissional é peça fundamental para melhoria dessa realidade, que ele mesmo alega conhecer muito bem: “como Juiz Criminal sempre estive muito próximo das polícias do estado. E ajudei muito elas no seu aparelhamento e orientações para o combate à criminalidade quando Juiz. A polícia precisa ser ainda mais valorizada, aparelhada e principalmente RESPEITADA pela comunidade. Assim conheço bem o tema. Sei que farei muita diferença no setor de segurança.

Já com relação ao drama da saúde, mesmo não sendo da área, Fachin defende, que assim como a segurança e educação, esta área é um dos pilares da sociedade e está como está, por falta de gestão: “Não sou da área. Mas saúde e segurança são pilares de uma sociedade. Educação igualmente, e digo isso porque eu nasci na roça e hoje sou quem sou pelo estudo e dedicação. A pandemia mostrou a fragilidade do nosso sistema de saúde e nem bilhões derramados pelo governo federal resolveram os problemas. Falta gestão. Com boa gestão técnica a coisa tende a melhorar.

“Além de Juiz desde criança lido no campo. Aqui em Rondônia desde 1993 sou também literalmente “da roça”. Conheço profundamente esse setor que hoje é o carro-chefe da economia de Rondônia. Uns 20 anos atrás já bati de frente com a então Ministra Marina Silva numa audiência pública em Ji Paraná em defesa dos produtores rurais. Como na época ainda era Juiz tive problemas com meu Tribunal por conta disso. Mas valeu a pena. Hoje Rondônia tem pujança no campo graças a essa nossa antiga luta. E teremos ainda muitas batalhas jurídicas e políticas para o setor no futuro. E quero estar legitimado como Senador para estar nelas. Eu posso dizer que sou “agro raiz”,” declarou Leo, ao ser questionado sobre como será sua atenção para o agronegócio, que é o forte da economia do Estado.

Levado pela reportagem a refletir sobre as picuinhas vergonhosas que derrubam projetos de extrema relevância para a sociedade, através das brigas partidárias entre os três poderes, o pré-candidato ao senado não se ponderou ao afirmar que falta respeito na gestão do país: “repito o que já disse: lamentável. Os poderes precisam se respeitar. O executivo e o legislativo não podem desrespeitar o judiciário. Mas o judiciário mesmo que desrespeitado não pode rebater como tem feito, numa espécie de briga de “butiquim”. Muito menos pode parecer ser um comitê de partido político. E ainda comete graves abusos legais. Muito triste a postura atual principalmente do STF. O STF precisa ser freado, mas pra isso precisamos ter senadores sem “rabo preso” para poder bater de frente com ele.”

Por fim, Leo Fachin pediu consciência aos eleitores de Rondônia na hora de exercerem a democracia, não vendendo seus votos e analisando a postura dos candidatos; “peço que o eleitor vote com sua consciência, sem vender o voto ou deixar que “lideranças” o vendam. E que olhem bem a ficha e postura de cada candidato antes de votar. Evitem os políticos profissionais. Sendo assim sempre haverá uma nova esperança”, concluiu.



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