Não é apenas com obras que o Brasil pode melhorar a infraestrutura do agro. A inovação e a tecnologia são essenciais para que o setor evolua e ganhe em competitividade também. O assunto foi debatido pelos participantes do painel “Inovações e sustentabilidade na logística”, durante o Fórum Caminhos da Safra, nesta quarta-feira (28/8), na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília.
A ideia foi o primeiro passo da Amaggi rumo à meta de zerar a emissão de carbono até 2050. Hoje, a empresa utiliza o combustível renovável em mais de 100 caminhões, tratores e até em uma embarcação para o transporte de grãos no Rio Madeira.
Para poder utilizar a navegação fluvial na região da Amazônia e enfrentar os desafios do assoreamento constante, a Transportes Bertolini apostou na criatividade. Segundo o diretor Paulo Caleffi, a empresa criou um estaleiro próprio, desenvolveu balsas para navegar em rios de baixo calado e inventou empurradores adaptados. Somente em 2023, foram 6 milhões de toneladas de soja e milho transportadas.
“Estamos desenvolvendo um comboio com capacidade para 88 mil toneladas até o final do ano. Também estamos fabricando tanques de gás de alta pressão para transformar os motores à gás com matéria-prima que já existe na Amazônia”, revelou.
“Queremos levar ao campo a mesma conectividade, permitindo a conexão das pessoas, máquinas e coisas para aumentar a capacidade de produção, reduzir custos e melhorar a operação”, ressaltou.