Na sexta-feira (17), aconteceu no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, um evento em referência ao Novembro Roxo e o Dia da Prematuridade. Com o propósito de conscientizar sobre a prematuridade, a iniciativa incluiu um café da manhã entre os profissionais da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neonatal) e as mães dos bebês prematuros internados no hospital.
De janeiro a outubro, nasceram 470 bebês prematuros na unidade. A coordenadora neonatologista, Dra. Lucia Maiorquin destacou a importância da homenagem. “Este mês simboliza todo o cuidado humanizado necessário aos bebês prematuros, juntamente ao apoio às famílias e carinho da equipe”, evidenciou.
O titular da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Jefferson Rocha ressaltou a relevância da conscientização durante o mês. “A cor roxa simboliza sensibilidade e individualidade, características particulares dos prematuros. Além disso, o roxo significa transmutação, ou seja, mudança e transformação. Nossos profissionais estão comprometidos em oferecer cuidados humanizados e o apoio necessário aos pais e pacientes”, salientou.
Durante o evento, foi realizado um café da manhã com rodas de conversa, abordando histórias de superação, encorajamento e experiências. Uma equipe de profissionais do setor distribuiu presentes com registros de momentos das mães com os filhos na UTI ou durante o método Canguru.
MÉTODO CANGURU
O método canguru é um serviço de cuidado humanizado, destinado ao bebê prematuro, no qual profissionais, junto à família, auxiliam no processo de recuperação do recém-nascido. Conforme o Ministério da Saúde (MS), o contato pele a pele (posição canguru) precoce entre a mãe/pai e o bebê, de maneira gradual e progressiva, promove o vínculo afetivo, estabilidade térmica, estímulo à amamentação e ao desenvolvimento do bebê.
Com três fases, o recém-nascido só recebe alta integral ao atingir 2,5 kg. A primeira fase inicia-se durante o pré-natal em casos de gestação de alto risco, e prossegue durante a internação do bebê prematuro na Unidade Neonatal. Os genitores têm acesso irrestrito à Unidade e são incentivados a interagir fisicamente com o filho antes de colocá-lo na posição canguru. Na segunda etapa, o bebê permanece continuamente com seu progenitor, que desempenha um papel ativo nos cuidados com a criança. Na terceira fase, o bebê é liberado para casa e é acompanhado, junto à sua família, pelo Ambulatório do Método Canguru, localizado no Hospital de Base.