Sexta-feira, 22 de novembro de 2024 - Email: [email protected]




Corá diz na TV que quer harmonia e independência, mas exige tratamento respeitoso à nova Mesa Diretiva



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Em entrevista ao Programa Comando Policial, na tarde desta quinta-feira, 09 de março, o vereador Valdomiro Corá falou sobre a vitória que teve na eleição à presidência da mesa diretora, na última segunda-feira, e disse que pretende, daqui para a frente, iniciar um trabalho de administrar o legislativo com responsabilidade, sem perseguições, mas deixando claro também que irá cobrar respeito.

Corá afirmou que tem uma vida simples, falou de suas origens humildes e garantiu que os que o criticam até podem fazer, mas também procurem conhecê-lo melhor. Repetindo o que costuma sempre dizere na tribuna da Câmara, afirmou que qualquer um pode ir conversar com ele, em sua própria casa, informando até o endereço, deixando claro sua disposição ao diálogo.

O apresentador, Diego Maia, também questionou o que o vereador Corá fará de diferente, tendo em vista que, em seu primeiro mandato como presidente (2019/2020), houve alguns incidentes lamentáveis, como brigas entre vereadores, com gente “jogando café no outro”.

Em resposta, Corá foi direto ao ponto ao dizer que não concorda com brigas e confusões, mas contemporizou ao afirmar que, em algumas situações, a reação destemperada do outro é uma resposta a provocações. Apesar disso, afirmou que fará o possível para que haja maior harmonia e respeito entre os vereadores.

Corá não falou apenas de eventuais entreveros que às vezes ocorrem entre os seus pares, mas reclamou de alguns servidores que, segundo ele, são acostumados a achar que podem dar de dedo na cara de vereadores, especialmente afrontando à autoridade do presidente da Câmara, e reforçou: “ele não é nosso pai“, referindo-se a esse procurador.

Sem citar nomes, ele reclamou especialmente de um servidor que atua na Procuradoria Jurídica e afirmou que esse tipo de atitude não será mais tolerada. Para ele, cada departamento da Câmara tem que cumprir o seu papel e deixar que a atividade política seja exercida pelos vereadores, sem submissão externa.

PARTICIPAÇÃO DO AGORA EX-PRESIDENTE JOÃO PAULO PICHEK
O apresentador também ouviu o ex-presidente, João Pichek, oferecendo-lhe a oportunidade de falar sobre o seu mandato, num primeiro momento, e num segundo momento, inquirindo-lhe o que o levou a apoiar a Chapa liderada pelo Corá.

Pichek afirmou que administrou a Câmara como responsabilidade, conseguindo efetuar a reforma do prédio, adquirir veículos para os vereadores poderem fazer o seu trabalho de acompanhamento das ações do executivo e fiscalizar, quando necessário, mas isso não o impediu de também melhorar o salário dos servidores da casa.

Sobre o seu apoio ao Corá, ele afirmou que viu nessa chapa um compromisso com a independência. Pichek disse também que procurou não atrapalhar a administração, mas que também não aceitou o que considerou intromissão do Executivo em alguns momentos e lembrou que, mesmo em situações em que o Executivo tenha pressa na aprovação de um projeto, quem tem de marcar as sessões e organizar a Ordem do Dia é o comando do Legislativo.

 O QUE DISSE O VICE-PRESIDENTE TONINHO DE JESUS
O vice-presidente eleito na recém empossada Mesa Diretora, vereador Toninho de Jesus, também foi questionado sobre o que o levou a apoiar o vereador Corá e ele não escondeu de ninguém que procurou ser prático e objetivo: convidou o Corá por saber que ele, pelo critério de desempate em razão da idade, permitiria à sua chapa ser eleita. Em princípio, segundo Toninho, ele articulou pela vinda do vereador Paulinho do Cinema, que permitiria à sua chapa ter sete votos, mas como ele não aceitava fazer parte em um grupo em que o Corá também fosse parte, sua eleição para presidente tornou-se improvável e isso o levou a assumir o plano B.

COM A PALAVRA, O GARÇOM
O vereador Lauro Garçom, eleito como segundo-secretário da Câmara (o primeiro é o Pichek) também foi perguntado sobre o que o levou a declarar apoio ao Corá. Em resposta, ele disse que sempre teve um vínculo coma a família Corá, de longa data, e também abordou o tema da “independência dos vereadores”.

Mais duro que os demais, Lauro também falou sobre a polêmica do suposto desvio de combustíveis, situação que o Executivo afirma que tomou as providências e levou o caso para às autoridades competentes.

A PALAVRA FINAL É DO PRESIDENTE
Após a fala de Lauro, o apresentador Diego Maia passou a bola para o vereador Corá, perguntando se ele iria mesmo levar avante aquilo que alguns sugerem como uma “CPI dos Combustíveis e ele respondeu que esse suposto desvio de combustível já é apurado por uma comissão que tem como integrantes os vereadores Paulinho do Cinema, Toninho de Jesus e o vereador Zivan Rodrigues. Ele disse, contudo, que vai esperar o resultado e, dependendo do que for apurado, haverá sim a possibilidade de o processo ser aberto e os fatos esclarecidos. “Se tiver servidor público envolvido nesse crime, ele terá de pagar”, finalizou.



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