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Grupo Corpo leva o melhor do Brasil ao Kennedy Center

A companhia de dança mineira se apresentou na capital americana em dias dedicados também a grandes nomes do Brasil da gastronomia, grafite e escultura



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Washington DC – Meia hora antes do início do espetáculo, os corredores que dão acesso à Opera House no Kennedy Center estavam lotados. Na última sexta-feira, 01 de março, e no sábado seguinte, dia 02, uma das principais companhias de dança do Brasil se apresentou ali. O Grupo Corpo, de Belo Horizonte, fundado em 1975 por Paulo e Rodrigo Pederneiras. No palco, dois trabalhos que levaram a plateia, lotada, a aplaudir os artistas mineiros de pé. No primeiro ato, os bailarinos apresentaram Gil Refazendo uma coreografia com trilha sonora feita especialmente para espetáculo por Gilberto Gil. “E’ uma trilha que diz muito também das músicas do Gilberto Gil, da sua história” disse Paulo Pederneira, ao SBT.

Em seguida, o público pode assistir Gira, uma coreografia inspirada nos ritos da umbanda e do candomblé. “Gira é um espetáculo mais pesado de um certo sentido, muito mais dramático. A trilha é’ composta pelo Meta Meta que é’ também um grupo muito importante no Brasil”, disse Paulo Pederneiras.

Michelle Deslandes, produtora executiva do Grupo Corpo, relata que vinte e nove pessoas viajam nesta turnê americana. “Sao vinte bailarinos mais a equipe técnica e os diretores. A gente é um time enxuto para o que a gente entrega no palco” diz Deslandes.

O bailarino Edésio Nunes, um dos integrantes do Grupo, diz que estar na companhia é a realização de um sonho. “Eu venho do triângulo mineiro, de uma cidade muito pequena chamada Prata, e comecei a dançar aos 10 anos de idade e só me dei conta realmente de que eu queria ser bailarino por volta dos dezesseis anos e aos dezenove foi quando eu saí da minha cidade, fui para Belo Horizonte, já conhecia o Grupo Corpo, através do YouTube, pelos vídeos que eu assistia em casa” . Em 2018 ele participou de uma seleção e entrou no Grupo Corpo. “Estou com eles há cinco anos e eu amo viajar e dançar pelo mundo e espalhar isso”.

Edésio Nunes, Michelle Deslandes, Paulo Pederneiras e toda a equipe do Grupo Corpo foram recebidos na Residência Oficial da Embaixada do Brasil junto a outros artistas brasileiros com a presença de jornalistas e autoridades americanas. Em 2024 a relação diplomática entre Estados Unidos e Brasil celebra 200 anos e para celebrar esse marco, atividades com nomes de peso da arte e da cultura brasileiros estarão em Washington DC.

Além do Grupo Corpo, o Kennedy Center também recebeu nos últimos dias o chef Felipe Schaedler que ofereceu no restaurante do edifício cultural um cardápio inspirado na Amazônia brasileira.

Raiz Campos, um dos mais talentosos grafiteiros do Brasil, produziu trabalhos para a exposição “Amazônia sem Fronteiras” no Kennedy Center e sua arte foi exibida junto às esculturas de madeira de Karaputa Michel Mehinako até o dia 03 de março.



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