O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) prorrogou, por mais 180 dias, a vigência do estado de emergência zoossanitária no país. A decisão, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (7), acontece em resposta à detecção de novos casos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP-H5N1) no território nacional.
A emergência zoossanitária foi decretada, pela primeira vez, em maio de 2023. Com a portaria, o governo federal pode usufruir de mais instrumentos para atuar e conter a disseminação da gripe aviária, como ações integradas entre os ministérios. Também fica autorizado o repasse de verbas da União para as ações de emergência.
Segundo o Mapa, 164 focos da doença já foram confirmados, sendo em aves silvestres e aves de subsistência, enquanto outros 2.957 estão sob investigação. Em outubro do ano passado, o vírus também infectou leões-marinhos no município de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, sendo o primeiro foco registrado em mamíferos marinhos.
A influenza aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta, principalmente, aves silvestres e domésticas. A infecção humana é rara, mas pode ocorrer por meio de contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas). Não há risco no consumo de carnes e ovos de aves ou qualquer produto de origem animal inspecionado.
“O Mapa segue alertando a população para que não recolham as aves que encontrarem doentes ou mortas e acionem o serviço veterinário mais próximo para evitar que a doença se espalhe. Estamos trabalhando em articulação com diferentes Ministérios e órgãos federais para prevenção e atuação frente aos possíveis impactos da disseminação da doença no Brasil”, disse o ministério.