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Governo Maduro e oposição na Venezuela convocam atos para este sábado (3) no país

Mais de mil pessoas já foram presas em protestos no país, segundo procurador-geral venezuelano



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Protesto em Caracas após anúncio do Conselho Nacional Eleitoral de que o presidente venezuelano Nicolás Maduro venceu as eleições presidenciais29/07/2024
REUTERS/Alexandre Meneghini

A oposição da Venezuela e o partido no poder convocaram atos para este sábado (3) no país.

Depois de uma semana de tensão sobre os resultados da eleição presidencial no país, em que a autoridade eleitoral proclamou Nicolás Maduro vencedor e a oposição afirma ter provas da vitória de Edmundo González, a polarização política tem se expressado nas ruas de várias cidades do país, com registros de episódios de violência e mortes.

Human Rights Watch, organização internacional não governamental que defende e realiza pesquisas sobre os direitos humanos, disse na quarta-feira (31) que tem “relatórios legítimos” de que houve 20 mortes, enquanto o Foro Penal tem um registo até o dia 1º de agosto de 11 mortes e 711 detenções.

Até o momento, a Procuradoria da Venezuela não respondeu às perguntas da CNN sobre o assunto.

O governo de Nicolás Maduro apelou à “mobilização permanente” ao longo da semana. Na quarta-feira (31), Maduro disse, no Palácio Miraflores, diante de seus apoiadores: “No sábado, convido vocês à mãe de todas as marchas para celebrar a vitória da paz em Caracas”.

“Vocês venceram, todos nós vencemos, a Venezuela venceu e agora vamos cobrar. Por isso devemos continuar firmes, organizados e mobilizados, com o orgulho de ter conseguido uma vitória histórica no dia 28 de julho e a consciência de que para cobrar devemos também ir até o fim”, disse Machado em vídeo postado em suas redes sociais.

A concentração será neste sábado (3) “em todas as cidades da Venezuela”, segundo Machado. “Vamos prestar homenagem a todos os heróis que afirmaram e defenderam a vontade do povo venezuelano no dia 28 de julho”, acrescentou.

A mobilização está marcada para acontecer às 10h, horário local, na Avenida Las Mercedes, em Caracas.

Também na quinta-feira (1º), Diosdado Cabello, deputado da Assembleia Nacional da Venezuela, após o anúncio de Machado, foi às suas redes reforçar o apelo ao chavismo. “[…] ‘la sayona’, de seu esconderijo, clama pela violência, devemos garantir a paz em todas as cidades da Venezuela, no sábado estaremos nas ruas como sempre. Venceremos!”, escreveu Cabello no X.



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