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Gabriel Leone diz que interpretar Senna foi o desafio mais complexo de sua carreira

No "Na Palma da Mari", ator contou da imersão que fez no automobilismo para viver o piloto brasileiro na minissérie da Netflix e também participar do longa "Ferrari"



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Gabriel Leone diz que interpretar Senna foi o desafio mais complexo de sua carreira

O ator Gabriel Leone não era ligado em Fórmula 1, mas o mundo dos carros de corrida entrou na sua vida através de dois trabalhos intensos: o filme “Ferrari” e a minissérie “Senna”, da Netflix. Apesar de ter menos de um ano de idade quando o piloto Ayrton Senna morreu, em 1994, ainda assim teve sua vida marcada por ele.

“Eu cresci nesse Brasil em que a minha família e o país viviam um certo luto em relação ao Senna”, lembra em entrevista ao videocast Na Palma da Mari. “Ele era muito mais do que um piloto espetacular, um cara que revolucionou o esporte. Pro Brasil, ele era um ídolo”.

Leone gravou a série na Argentina e mergulhou nas entrevistas e vídeos que encontrou de Senna na internet.

“Foi uma honra pra mim, uma responsabilidade gigantesca fazer esse personagem, contar essa história. E acho que isso, sem sombra de dúvidas, foi o processo mais desafiador, a imersão mais complexa que eu já tive na minha carreira”, afirma.

Um desafio foi, por exemplo, interpretá-lo de forma natural, sem parecer uma caricatura.

“Fui aos poucos chegando perto, com figurino e desenvolvendo o sotaque”, diz. “Eu lembro que alguns dias antes de começar filmar, a gente abriu câmera, foi fazer alguns testes, eu vi um frame e falei: ‘Acho que chegamos em um ponto bom’”.

Estreia em Hollywood

Imagina fazer um teste para um filme de Hollywood e dois dias depois já saber que conseguiu o papel? E não para por aí, imagina pouco mais de um mês depois estar na Itália se preparando para gravar com Adam Driver?

Foi o que aconteceu com Gabriel, que mandou um self tape para uma audição do filme “Ferrari”, de um de seus diretores favoritos, Michael Mann. A trama se passa em 1957, quando a empresa estava à beira da falência. Até que Enzo Ferrari, interpretado por Adam Driver, decide apostar tudo em uma última corrida, a Mille Miglia, na Itália.

Leone interpreta o piloto Alfonso De Portago e contou que descobriu que o personagem foi o último a ter o intérprete escalado para o longa, por isso tudo aconteceu tão rápido.

“Ele era um marquês espanhol, neto de um rei e, resumidamente, um playboy da sua época”, descreve. “Um cara muito ousado que se envolveu em todo tipo de esporte, até que se interessou por automobilismo, comprou uma Ferrari e começou a correr de forma independente. Enzo se impressionou com os resultados expressivos dele e o chamou para a equipe”, entregou.

Para interpretar o personagem, ele precisou aprender a dirigir como o “mindset” de um piloto, com intuito de competir. Em resumo, sendo o terror do Detran, o contrário do que ele costuma ser na vida real.

“Você é acostumado a frear em um ponto e a dirigir com certa cautela”, descreve. “E quando você tá competindo, puxa um pouco esse limite”.

E muitas cenas do filme tem o próprio Gabriel Leone dirigindo de verdade, sem a presença de um dublê em seu lugar. “Principalmente as chegadas do carro e saída, mas há alguns closes que eu estou dirigindo de verdade”, diz. “Isso faz parte do cinema em geral do Michael Mann. Ele gosta de construir um universo bem real para trazer o público pra dentro daquilo ali”.

Separando o personagem de si mesmo

“Por mais distante que o personagem seja, a verdade é que a gente tá usando nosso corpo, os nossos sentimentos, a nossa experiência de vida. Naquele momento que você está filmando, você é o canal daquilo que tá acontecendo”, explica. “Em algum momento a gente acaba oferecendo alguma coisa pros personagens”.

Mas Gabriel também percebeu a importância de separar, ou ao menos tentar, a vida pessoal de seu trabalho. E isso inclui o uso de redes sociais. Segundo o ator, ele entende a importância dessas plataformas online, mas prefere não mostrar toda a sua vida nelas.

“Acho que em vários aspectos é muito útil, produtivo. Pensando, por exemplo, em relação ao meu trabalho, é um lugar que tem um alcance incrível de divulgar um trabalho o que estou fazendo e imediatamente isso ser distribuído pra sei lá quantas mil pessoas”, reflete.

Mas ele não tem vontade de mostra a vida pessoal. “Tem gente que gosta e sabe fazer, sabe como compartilhar. Eu não curto”, admite. “Eu digo que minha vida pessoal é pessoal mesmo, é só minha, então não tenho tanto prazer em compartilhar, em divulgar”.

 



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