Sexta-feira, 22 de novembro de 2024 - Email: [email protected]




Fracassa tentativa da Câmara de Cacoal em eleger nova mesa diretora na segunda sessão do mês



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Nesta segunda-feira foi realizada a segunda sessão plenária da Câmara Municipal de Cacoal e, mais uma vez, o presidente da casa, vereador João Paulo Pichek, tentou eleger a nova Mesa Diretora sem que houvesse acordo. Durante os discursos, vereadores que apoiam uma das duas chapas acusaram o outro grupo de descumprir regimento da casa e prejudicar a população.

Os dois vereadores que foram mais contundentes em seus discursos foram Paulinho do Cinema, pelo grupo que apoia a candidatura de Romeu Moreira, e Magnison Mota, pelo grupo que apoia o vereador Valdomiro Corá.

Paulinho do Cinema afirmou que os vereadores de Cacoal, em respeito à população, não aceitam a eleição do vereador Corá em razão de todos os problemas que ele teve com a Justiça, tendo sido acusado de participar de um esquema de corrupção revelado pela “Operação Detalhes”, em maio de 2015, cuja sentença foi proferida em juízo de primeira instância, em 2021. Paulinho também citou possível quebra de decoro por parte de Valdomiro Corá, citando, dentre outras acusações, pressão sobre servidores públicos, dentre os quais um do SAAE e outro da SEMMTRAN.

As afirmações de Paulinho do Cinema foram todas rebatidas pelo vereador Corá, que alegou estar em plenas condições de assumir o cargo de presidente da Câmara, caso seja eleito, pois não há nada que desabone sua conduta. Alegou que conduta na vida pública tem apoio da população, tanto que ele tem sido eleito sucessivamente desde a eleição de 1992. Como costuma fazer sempre que pressionado, ele também voltou a “propor aposta“ com quem quiser e disse que daria um carro do ano a quem provar que esteja impedido de exercer o cargo de presidente da Câmara.

Quem também chamou a atenção durante seu discurso – tendo sido interpelado até por aliados para que tivesse compostura – foi Magnison Mota. Ele disse que se aparecesse três pessoas, dentre os membros da plateia, que não fossem detentores de cargos de livre nomeação pelo prefeito Adailton Fúria, ele votaria no vereador Romeu. Nesse momento, mais de três pessoas se animaram a se levantar, provando que não eram portariados.

POLÍCIA INSTIGADA A RETIRAR MEMBROS DA PLATEIA

Mais uma vez a Polícia Militar esteve presente e o momento mais crítico da sessão foi quando o presidente João Pichek sugeriu à Polícia Militar a retirar algumas pessoas que estavam vaiando os vereadores que declaravam apoio ao vereador Corá, especialmente o vereador Paulo Henrique Silva, que interrompeu seu discurso em várias ocasiões.

TEMPO REGIMENTAL ESGOTADO

Quando o tempo regimental previsto em lei havia se esgotado – e precisava ser aprovada a prorrogação da sessão por mais uma hora – os vereadores que apoiam o vereador Romeu decidiram não votar a favor e retiraram todos ao mesmo tempo para evitar que houvesse quorum para a eleição da nova Mesa Diretora. Sem outra alternativa, João Pichek encerrou a sessão quando havia ainda um projeto a ser votado antes de que fosse iniciada a votação para a escolha do novo presidente da casa de leis.



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