Terça-feira, 26 de novembro de 2024 - Email: [email protected]




Fotos e vídeos de crianças são roubados das redes sociais para alimentar mercado criminoso

A equipe do Fantástico acompanhou por quatro meses salas de bate-papo e grupos de trocas de mensagens para mostrar como o comércio de imagens de crianças ocorre livremente na internet.



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Fotos e vídeos de crianças felizes, brincando, dançando, estão por toda parte nas redes sociais. Pais e mães gostam de postar e não há nada de errado nisso. Mas o que pouca gente sabe é que existem bandidos à procura de material para distorcer, manipular e espalhar no submundo da pedofilia.

É o que revela uma investigação de quatro meses do Fantástico. Nossa equipe se infiltrou em salas de bate-papo e grupos de mensagem. Desvendou os códigos dos abusadores, como eles se comunicam, e descobriu um mercado de lives criminosas, muitas vezes negociadas pela própria família da vítima.

‘Dói na alma’

O influenciador digital Jonas Carvalho começou a mostrar a rotina dos filhos Eloá, de 3 anos, e Davi Lucca, de 2 meses, nas redes sociais depois de ficar desempregado.

“Eu comecei gravando rotina. Então, era tudo. Gravava dando a primeira papinha, o primeiro passo, a compra do supermercado. Um conteúdo voltado à família, que para mim é tudo. Só que a internet é um perigo. Os comentários, às vezes, passam de ser maldade. Assédio. Essa é a palavra, assédio. Muitos comentários. ‘Perdoa minha pequena, Raulzito’, e algumas pessoas que me acompanham começaram a me mandar o significado, que eu não sabia. Dói na alma. Dói, e o meu desabafo é no choro”, conta. 

Os comentários que assustaram o Jonas são, na verdade, palavras-chave, códigos de pedófilosAbusadores usam essas expressões para marcarem fotos de crianças que chamam a atenção deles nas redes sociais.

A princípio parecem inofensivas. Como, por exemplo, perdoe, pequena” – que é uma fala de um famoso vilão em um filme de super-herói, sem nenhuma conotação sexual. Um outro código é “errei, fui Raulzito” que faz referência a um influenciador digital que está preso por crimes sexuais contra menores.

Reportagem especial



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